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    CRÍTICA

    Estranhezas para além da MPB dão corpo ao melhor disco de Céu

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    16/03/2016 02h01

    Joel Silva/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL- 14-03-2016 : a cantora Céu, que lança o disco "Tropix" nesta semana. O disco representa uma mudança na carreira dela, que passa a usar batidas de disco music, R&B, trip hop, eletrônica com uma cara vintage. . ( Foto: Joel Silva/ Folhapress ) *** ILUSTRADA*** ( ***EXCLUSIVO FOLHA***)
    A cantora Céu, que lança o disco "Tropix" nesta semana

    "Tropix" é um capítulo diferente na trajetória de Céu. Nos outros discos tinha MPB, pop, coisas latinas, beats, reggae, tudo com um carimbo de atitude. Uma cantora que deixa claro gravar apenas o que quer, sem concessões.

    Pois o que Céu parece querer agora é reformatar muito seu som. Seja ou não essa a intenção, deu muito certo. É seu álbum mais atraente, mais cheio de ideias musicais.

    Esse caminho novo passa pelas pistas. Com produção de Hervé Salters (General Eletriks) e Pupillo, o disco até engana na primeira faixa, "Perfume do Invisível", que começa como algo extraído de "Vagarosa", seu segundo álbum.

    Mas ainda nesta música tudo muda para um universo disco music. A seguir, ela brinca faixa após faixa com vários momentos eletrônicos, da discoteca ao trip hop. O vocal de Céu, do sussurrado a um canto mais encorpado, nunca esteve tão bem.

    O disco flerta até com o lo-fi, na regravação de "Chico Buarque's Song", do grupo oitentista paulistano Fellini.

    Mas, nas últimas faixas, as guitarras surgem fortes, outra estranheza do álbum. "Camadas" e "Rapsódia Brasilis" devem causar impacto ao vivo.

    TROPIX
    ARTISTA Céu
    LANÇAMENTO Slap
    QUANTO R$ 26 (o CD)

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