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    o impeachment

    Crise política domina início da última temporada de Jô Soares

    GABRIELA SÁ PESSOA
    DE SÃO PAULO

    29/03/2016 02h00

    Ramón Vasconcelos/Globo
    Jô Soares em entrevista com Marina Silva
    Jô Soares em entrevista com Marina Silva em primeira gravação da última temporada de seu programa

    Ao som do jazz "A Sunny Monday" —"uma segunda-feira ensolarada", assim como a tarde de ontem—, Jô Soares entrou rebolando no estúdio, nesta segunda (28), para a primeira gravação da última temporada de seu programa de entrevistas na rede Globo.

    "Tô nervoso, gente! Isso não acontece há tanto tempo", disse o apresentador a uma das câmeras que gravam o "Programa do Jô", que seria exibido por volta da 0h50 da mesma noite. "É um reencontro que sempre me dá alegria. E estou obviamente muito emocionado."

    Antes de se sentar para entrevistar a ex-senadora Marina Silva e o jurista Ives Gandra Martins, Jô exaltou a vocação democrática do talk show que comanda há 28 anos, incluindo o período em que apresentou o "Jô Soares Onze e Meia", no SBT.

    Ele brincou com as críticas por suas entrevistas políticas. Comentou que, quando entrevistou a presidente Dilma Rousseff, foi chamado de petista; quando convidou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi acusado de tucano. "Sou 'coxista', metade coxinha, metade petista", ironizou.

    A crise política foi o principal tema do programa. A entrevista com Marina, de quase 30 minutos, estourou o tempo previsto. "Sou incapaz de cortar a palavra de uma convidada tão corajosa", disse Jô.

    Ela afirmou que não sabe se irá se candidatar à presidência em 2018, ao que Jô comentou que se tratava de uma "mentira branca", e perguntou se ela já fazia planos da composição de um eventual ministério. "A partir do ano que vem, terei mais tempo livre", brincou ele.

    TIRIRICA

    Marina defendeu que, em caso de impeachment pelo TSE, sejam comprometidos tanto a presidente quanto o vice, Michel Temer. E propôs como solução para a crise política e econômica a convocação de novas eleições, pois ambos estavam implicados na mesma campanha.

    Jô discordou da senadora, e disse que comentou: "Vai dar um bololô Quem vai assumir, o Tiririca?". O apresentador afirmou que é favorável ao parlamentarismo, posição também defendida pelo jurista Ives Gandra Martins, que falou sobre um "governo de coalizão" para superar a crise política.

    Ramón Vasconcelos/Globo
    Jô Soares em entrevista com Ives Gandra Martins em primeira gravação da última temporada de seu programa
    Jô Soares em entrevista com Ives Gandra Martins em primeira gravação da última temporada de seu programa
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