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    Pintura de chinês é vendida por valor recorde de US$ 35 mi em Hong Kong

    DA REUTERS

    05/04/2016 14h04

    Kin Cheung/AP
    "Peach Blossom Spring", do chinês Zhang Daqian
    "Peach Blossom Spring", do chinês Zhang Daqian

    Uma pintura do artista chinês Zhang Daqian foi vendida por quase US$ 35 milhões (R$ 128 milhões) em Hong Kong nesta terça-feira (5), o valor mais alto já obtido por qualquer uma de suas obras, enfatizando a grande procura por arte chinesa de qualidade apesar do desaquecimento geral do mercado.

    "Peach Blossom Spring", pintura de dois metros de altura em forma de papiro, obteve mais que o triplo de seu preço estimado em um leilão de primavera da casa Sotheby's, sendo arrematada por US$ 34,91 milhões, incluindo a taxa paga pelo comprador à casa de leilões.

    Kevin Ching, executivo-chefe da Sotheby's da Ásia, disse que o trabalho de 1982 é monumental e merece a avaliação que recebeu.

    "As cores são absolutamente vibrantes, e... provavelmente (é) uma das duas ou três obras mais importantes disponíveis hoje em mão de particulares", disse Ching a repórteres.

    Os interessados se envolveram em uma verdadeira batalha no salão lotado antes do martelo ser batido após 50 minutos tensos, o que fez deste um dos leilões mais demorados da Sotheby's nos últimos anos. Trata-se também da pintura chinesa mais cara já vendida na Sotheby's de Hong Kong.

    O lance vencedor foi dado pelo Museu Long de Xangai, fundado pelo magnata chinês Liu Yiqian e sua esposa, Wang Wei, e que nos últimos anos adquiriram algumas das obras de arte chinesas e ocidentais mais caras do mundo, como o "Nu deitado" de Modigliani, de 1917, por US$ 170,4 milhões.

    Zhang Daqian (1899-1983) é considerado por muitos como um dos grandes nomes da pintura chinesa, e teve uma carreira prolífica que incluiu passagens por Argentina, Brasil, Califórnia e Taiwan.

    A venda da paisagem impressionista de pessegueiros e gigantescas montanhas de turquesa com uma inscrição poética ocorreu em um momento de baixa na venda de obras de arte devido ao crescimento lento da China, a segunda maior economia do mundo, e da maior seletividade dos compradores.

    A venda global de obras de arte diminuiu sete por cento em 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou em US$ 63,8 bilhões, e as vendas de arte na China caíram 23 por cento no mesmo período, de acordo com o Relatório do Mercado de Arte da Tefaf, uma das maiores feiras de arte do mundo.

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