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    Obra de Caravaggio pode ter sido encontrada em sótão na França

    DA AFP
    DE SÃO PAULO

    10/04/2016 18h06

    Divulgação
    Tela "Judite Cortando a Cabeça de Holofernes", de Caravaggio
    Tela "Judite Cortando a Cabeça de Holofernes", de Caravaggio

    Uma pintura descoberta no sótão de uma casa no sudoeste da França foi proibida pelas autoridades locais de sair do país. É que a obra em questão pode ser do pintor italiano Caravaggio (1571-1610).

    "Judite e Holofernes", uma pintura a óleo sobre tela, passará por análises nos próximos dias. "A recente redescoberta é de grande valor artístico e poderia ser identificada como uma composição perdida de Caravaggio", indica a ordem da ministra da Cultura.

    O decreto ministerial, publicado há duas semanas, "rejeita o certificado de exportação pedido para uma pintura possivelmente atribuída a Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio".

    Caravaggio pintou duas versões da cena bíblica. A primeira, realizada em Roma, atualmente está exposta na Galeria Nacional de Arte Antiga, na mesma cidade da Itália. A segunda versão, que foi pintada em Nápoles, está perdida desde o início do século 17, de acordo com o jornal "Le Figaro".

    De acordo com uma fonte próxima ao caso, os especialistas estão divididos sobre a atribuição deste trabalho ao pintor.

    "A obra foi descoberta pelos proprietários de uma casa na região de Toulouse, em abril de 2014, quando fizeram uma reforma para controlar um vazamento", explicou à AFP a empresa especializada em pinturas, Turquin.

    A existência do trabalho era conhecida "por uma cópia atribuída a Louis Finson", pintor flamengo contemporâneo de Caravaggio, acrescenta a empresa.

    A pintura "mostra Judite, grande heroína bíblica, viúva da cidade de Betúlia, decapitar em sua tenda Holofernes, general de Nabucodonosor, que sitiava a cidade", explica.

    Segundo o site "Le Quotidien de l'Art", Mina Gregori, uma especialista em Caravaggio, acredita que não se trata de um original, mas reconhece a qualidade inegável do trabalho.

    A tela deveria ser enviada ao Louvre e ser estudada. Se a atribuição for confirmada, a França deverá pagar uma soma estimada em cerca de 100 milhões de euros para mantê-la em suas coleções, indica o site.

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