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    Rogério Duarte, criador da estética da Tropicália, morre aos 77 anos

    DE SÃO PAULO

    14/04/2016 13h29

    Rodrigo Sombra
    O musico, tradutor e designer Rogério Duarte, em Salvador
    O músico, tradutor e designer Rogério Duarte, em Salvador

    Autor de algumas das estéticas visuais mais conhecidas da cultura brasileira, o artista gráfico e músico baiano Rogério Duarte morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 77 anos.

    Ele estava internado no hospital Santa Lúcia, em Brasília. A causa da morte não foi divulgada.

    Associado aos maiores movimentos culturais dos anos 1960, Duarte passou a ser reconhecido como um dos mentores intelectuais da Tropicália no final da década. Criou a estética do movimento, além de compor musicas com Gilberto Gil e Caetano Veloso.

    O artista desenhou capas de discos para alguns dos mais importantes nomes da música brasileira —além de Gil e Caetano, Gal Costa, João Gilberto e Jorge Ben.

    Também criou cartazes para filmes do amigo Glauber Rocha. É sua a icônica imagem do cangaceiro de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964). Para "A Idade da Terra" (1980), além de criar o cartaz, ajudou na trilha sonora.

    Nascido em Ubaíra, cidade do centro-sul baiano, Duarte mudou-se nos anos 60 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de arte da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da editora Vozes.

    Com o irmão, Ronaldo, foi sequestrado por militares e torturado ao longo de dez dias em 1968, em um caso que mobilizou artistas e a imprensa da época.

    Em 2003, lançou o livro "Tropicaos", em que fala da prisão e tortura e de sua vivência no movimento tropicalista.

    Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.

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