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    Novo 'Capitão América' tem 12 heróis da Marvel para redefinir franquia

    RODRIGO SALEM
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

    28/04/2016 02h04

    "Capitão América - Guerra Civil" é o filme mais importante da Marvel desde que "Homem de Ferro" (2008) deu início à franquia mais poderosa do cinema. Não por ser o início do que se tem chamado "Fase Três" do estúdio Marvel, comprado pela Disney em 2009 por US$ 4 bilhões. Nem por ser o fim da trilogia do Capitão América (Chris Evans).

    O filme chega num momento de alerta para a Marvel: o estúdio sofreu com a saída de diretores famosos (Joss Whedon, Edgar Wright), uma estagnação nas bilheterias e críticas de fórmula desgastada.

    "Esse foi nosso maior desafio", diz Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, à Folha. "Não tínhamos contrato com vários atores, inclusive Robert Downey Jr., e os heróis estavam separados [os cinco filmes anteriores do Homem-Aranha não foram feitos pela Marvel]. Sempre quis adaptar 'Guerra Civil', então pensei: 'É agora ou nunca'."

    A mudança caiu nos ombros da equipe envolvida em "Capitão América: Soldado Invernal", filme que chamou a atenção pelo tom político e pelas sequências de ação cruas e bem coreografadas.

    Seus personagens são retomados em "Guerra Civil". "Antes disso, 'Capitão América 3' seria diferente, com outros vilões e trama", conta o diretor Anthony Russo, que volta ao comando da franquia com o irmão Joe –serão os responsáveis pelos dois "Os Vingadores: Guerra Infinita", previstos para 2018 e 2019.

    REENCONTRO

    O resultado é povoado por velhos e novos heróis (12 ao todo). Além do Pantera Negra, herói africano interpretado por Chadwick Boseman, há a participação do Homem-Aranha, vivido por Tom Holland.

    No longa, uma missão comandada pelo Capitão América na Nigéria termina com a morte de centenas de pessoas por um erro de julgamento da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). "O filme é sobre danos colaterais", afirma Joe.

    Por causa do incidente, a ONU coloca rédeas nos Vingadores, que passariam a responder a um conselho especial. Tony Stark (Downey Jr.) acredita que o controle governamental pode ser uma saída. Já o Capitão América acha que boas ações não podem virar arma nas mãos de políticos.

    "'Guerra Civil' desconstrói o gênero de super-heróis, tem um fim sombrio e você não sabe quem está certo ou errado", comenta Anthony.

    Foi assim que se acrescentou o Pantera Negra. T'Challa (Boseman) assume o uniforme e o trono de seu país após a morte do pai em atentado que teria sido armado pelo Soldado Invernal (Sebastian Stan). "Precisávamos de um herói sem lado. Ele só quer matar o Soldado Invernal, é movido por vingança", conta Joe.

    Inspirados em filmes como "Seven" (1995) e a trilogia "Bourne", os diretores moldaram uma sequência de luta que coloca os heróis frente a frente: a cena tem direito a piadas do Homem-Aranha, uma reviravolta nos poderes do Homem-Formiga (Paul Rudd) e a queda de um companheiro.

    "Não consigo imaginar uma cena mais difícil", diz Anthony. "Foi um minifilme dentro de um filme. Cada herói possui uma característica de luta, mas não podemos esquecer seus objetivos pessoais: o Aranha quer se exibir para Tony. A Viúva Negra [Scarlett Johansson] não quer trair Clint [Jeremy Renner]. Foi um esforço de centenas de pessoas."

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