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    Conheça a história por trás do curioso cartaz do Festival de Cannes de 2016

    DA RFI

    02/05/2016 10h58

    Divulgação
    Cartaz do Festival de Cannes de 2016, uma imagem do filme 'O Desprezo', de Godard
    Cartaz do Festival de Cannes de 2016, uma imagem do filme 'O Desprezo', de Godard

    O cartaz deste 69° Festival de Cannes tem despertado bastante curiosidade com sua imagem quase irreal. Na realidade, a cena faz parte de um dos filmes mais famosos do mundo, que entrou para a história do cinema.

    A imagem foi tirada de uma cena do filme "O Desprezo" (Le Mépris,1963), de Jean-Luc Godard, e foi criado pelo duo de designers Hervé Chigioni et Gilles Frappier.

    De coloração amarela, que transmite uma sensação de calor e distância, o cartaz mostra o ator Michel Piccoli, visto de longe, subindo a imensa escadaria de um promontório espetacular que termina em um céu aberto, tendo como fundo a Côte d'Azur.

    REVOLUÇÃO NO CINEMA FRANCÊS

    Um dos longas mais famosos da Nouvelle Vague, "O Desprezo" (Le Mépris") —adaptado do livro de Alberto Moravia, publicado em 1954— é considerado uma obra-prima que sublimou os talentos de seus atores: a graciosidade caprichosa de Brigitte Bardot, a elegância de Michel Piccoli, o carisma de Jack Palance.

    Como o nome indica, trata-se da abordagem de um dos sentimentos mais difíceis que conhecemos, o desprezo, em uma história de tensão crescente e dramática: Paul Javal (Piccoli) é um roteirista de cinema casado com uma jovem (Bardot) com quem tem uma vida harmoniosa.

    Um dia, um incidente banal, envolvendo um rico e charmoso produtor, vai fazer com que a mulher passe a desprezar profundamente o marido. Sedução, intrigas, nudez e conflito formam o coquetel de Godard.

    MANUSCRITO LEILOADO

    O manuscrito autografado por Jean-Luc Godard acabou nas mãos de um colecionador, que não hesitou a pagar 144,4 mil euros (quase R$ 570 mil) pelo documento em um leilão no ano passado, em Paris.

    O longa de Godard é considerado o marco final do cinema clássico e o surgimento da Nouvelle Vague, com propostas novas de narrativa.

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