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    Orçamento de R$ 6,8 mi em 2016 é o menor da Flip nos últimos 6 anos

    MAURICIO MEIRELES
    COLUNISTA DA FOLHA

    04/05/2016 02h02

    Inga Kjer
    The scottish author Irvine Welsh is photographed on occasion of an interview in Munich, Germany, 07 November 2013. Phot: INGA KJER
    Irvine Welsh, escritor escocês convidado para a Flip deste ano

    Neste ano a crise econômica virou mesmo uma questão para a Flip. Em valores corrigidos pela inflação anual, o orçamento previsto de 2016 -R$ 6,8 milhões- é o menor da festa literária desde 2010. Até agora, o evento captou R$ 5,8 milhões via leis de incentivo.

    "Temos a busca de fazer mais com menos. Foi preciso criatividade", diz Mauro Munhoz, diretor da Casa Azul, organização que produz a Flip.

    Criatividade quer dizer economia. Em vez de levar um músico renomado para encerrar o evento de abertura, como era regra até 2014, a Flip deste ano não terá show em seu primeiro dia. No lugar, haverá um sarau.

    ORÇAMENTO DA FLIP - Em milhões de R$

    A Flipzona, que acontecia no auditório da Casa da Cultura, passa a ocupar a casa do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Já a Flipinha, programação infantil do evento, vai para a Casa da Cultura em vez de ocorrer numa tenda própria.

    O atendimento médico, feito até então por uma semi-UTI móvel ao lado da Tenda dos Autores, será feito pela UPA (Unidade de pronto-atendimento) construída pela prefeitura ao lado de onde a programação principal da Flip é realizada. Munhoz afirma que ações que ocorrem fora do período da Flip, como a Biblioteca da Casa Azul, também podem sofrer cortes.

    Tema sempre espinhoso, a diversidade de editoras tem uma notícia velha e outra nova. A velha é que o Grupo Companhia das Letras é o que tem mais convidados, com 13. A nova é o despontar da editora Planeta, com quatro.

    "Os convites referendam a nossa rota de aumentar a relevância dos livros da Planeta", diz Cassiano Elek Machado, diretor editorial da casa no Brasil e ex-curador da Flip.

    A Record, grupo que historicamente tem atritos com a curadoria da festa, aparece com Maria Esther Maciel -do selo Civilização Brasileira, de viés mais acadêmico, com pouco potencial para ter vendas influenciadas pela Flip. Por outro lado, esta é a edição com mais diversidade de gênero: são 17 mulheres e 22 homens. Em 2014, elas eram nove e eles, 38.

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