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    Thaïs Gualberto, criadora de 'Olga, a Sexóloga', assume espaço de Angeli

    RODOLFO VIANA
    DE SÃO PAULO

    08/05/2016 02h00

    João Meideiros/Folhapress
    Nova cartunista da Folha Thais Gualberto que irá substituir as tirinhas de Angeli
    A paraibana Thaïs Gualberto, nova quadrinista da Folha, com a cachorra Malala

    A partir de terça-feira (10), Thaïs Gualberto —com trema na letra "i", mesmo— ocupa um lugar entre os quadrinistas diários da "Ilustrada".

    A paraibana de 30 anos é conhecida pela série "Olga, a Sexóloga", que existe desde 2009 e virou livro autopublicado no ano passado. A personagem é uma especialista em sexo que, se por um lado esbanja conselhos, por outro peca pela falta de paciência.

    "As primeiras tiras de 'Olga' eu fiz com o mouse", lembra Thaïs. Só depois comprou o material necessário para desenhar no computador, como uma mesa digitalizadora. "Aí comecei a desenvolver meu traço, a ficar mais segura."

    Mas o ímpeto de desenhar vem de antes. Na adolescência, influenciada pelos mangás que lia e animes a que assistia, fazia tirinhas sobre o dia a dia —sempre com traços que lembram o estilo japonês.

    "Era mais simples, por limitação minha. Só depois desenvolvi algo mais realista. Mas ainda acho que tenho muito a melhorar para que eu possa dizer a mim mesma que sou boa", conta Thaïs.

    Sobre entrar na vaga deixada por Angeli —por quem diz ter admiração—, afirma sentir um frio na barriga. "É uma grande responsabilidade."

    Thaïs Gualberto
    Primeira tirinha de Thaïs Gualberto, publicada em 10 de maio
    Primeira tirinha de Thaïs Gualberto, publicada em 10 de maio

    Ela diz que há quem compare sua personagem à célebre Rê Bordosa, de Angeli: "Apesar das diferenças, são duas mulheres de sexualidade muito livre, que falam sobre drogas... Acho que a Rê Bordosa pode ter sido uma das inspirações de Olga."

    Além de semelhanças com Rê Bordosa, Thaïs compara Olga a si mesma. "Ela é muito parecida comigo, com minhas amigas, com mulheres que se identificam com a luta do feminino", diz. Entre as temáticas estão ejaculação, uso da pílula, brochada e machismo. "Gosto de fazer crítica social", afirma. "E a Olga faz isso, sempre com ironia."

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