-
-
Ilustrada
Saturday, 18-May-2024 13:23:48 -03crítica
Trama sobre o Dia das Mães é superficial e repleta de clichês
ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA13/05/2016 02h50
Especialista em histórias açucaradas, o octogenário Garry Marshall ataca novamente, agora com este melodrama sob medida para o Dia das Mães, no qual reencontra pela quarta vez Julia Roberts, que lançou ao estrelato em "Uma Linda Mulher" (1990).
O filme gira em torno de quatro famílias. Sandy (Jennifer Aniston) não aceita que o ex-marido esteja agora com uma mulher bem mais jovem e teme que esta ocupe seu lugar no coração dos dois filhos.
Duas de suas amigas, as irmãs Jesse (Kate Hudson) e Gabi (Sarah Chalke), decidem viver longe dos pais, grosseiros e racistas, pois suas escolhas familiares os desagradam.
Vizinha das irmãs, a adolescente Kristin (Britt Robertson) acaba de ter uma filha. Mas vive angustiada: quer encontrar a mãe biológica e saber por que foi abandonada.
Bradley (Jason Sudeikis) é viúvo de uma militar e desempenha o papel de mãe das filhas de 10 e 16 anos. Assim como acontece com Kristin, para Bradley o Dia das Mães desperta dolorosas lembranças.
Pequenas catástrofes e quiproquós rocambolescos acontecem com esses núcleos familiares um pouco antes do Dia das Mães, quando tudo se resolve como por magia.
Nessa apologia da família, Miranda (Roberts) é um estranho no ninho. Estrela de um canal de televendas e escritora de sucesso, ela é o estereótipo da mulher bem-sucedida que privilegiou a carreira em detrimento da maternidade. Mas no fundo ela guarda uma frustração. Figura insossa, ela parece perdida no meio de tantas mães devotadas.
Cheio de lugares-comuns e de sentimentalismo, "O Maior Amor do Mundo" é movimentado: as tramas se multiplicam, a narração pula sem parar, mas isso não é suficiente para esconder sua prodigiosa superficialidade.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -