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    novo governo

    Após recusa de mulheres, governo Temer chama homem para Cultura

    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    18/05/2016 15h23

    Com a recusa de mulheres para comandar a Secretaria Nacional de Cultura, o presidente interino Michel Temer convidou o Secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, para o cargo.

    Segundo a Folha apurou, ele está conversando nesta quarta-feira (18) com o ministro da Educação, Mendonça Filho (PMDB-PE), para tomar a decisão se aceita ou não a função. Nesta semana, cinco mulheres procuradas pelo governo para ocupar o posto recusaram a oferta em sinal de repúdio à extinção do ministério e ao fato de o presidente não ter nomeado nenhuma mulher para o primeiro escalão de seu governo.

    Leo Pinheiro - 4.mar.2014/Valor
    Data: 04/03/2014 Editoria: Cultura Reporter: Joao Bernardo Local: Rio de Janeiro, RJ Pauta: Entrevista com o novo secretario nunicipal de cultura do Rio de Janeiro Setor: administracao publica Personagem: Marcelo Calero, secretario municipal de cultura do Rio, e presidente do comite Rio 450 fotografado no Rio 450 anos em Botafogo Tags: Rio, porta, rindo, Fotos: Leo Pinheiro/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    Marcelo Calero, Secretário de Cultura do Rio e convidado para assumir Secretaria de Cultura de Temer

    Diplomata de carreira, Marcelo Calero se aproximou da gestão de Eduardo Paes (PMDB-RJ), prefeito do Rio de Janeiro, quando presidiu o Comitê Rio 450, para organizar as comemorações pelo aniversário da capital carioca.

    Calero estava há um ano na secretaria municipal de cultura do Rio, onde substituiu Sérgio Sá Leitão, um dos nomes que também chegou a ser cotado para o posto no MEC.

    Advogado de formação, Marcelo Calero assumiu seu primeiro cargo público em 2005, na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Ele passou a se dedicar à diplomacia em 2007 e chegou a servir na embaixada do Brasil no México.

    CASA CIVIL

    Diante da polêmica em torno da extinção do Ministério da Cultura, o presidente interino estuda agora vincular as atribuições da pasta à Casa Civil, e não mais ao Ministério da Educação.

    A mudança daria mais status à área, porque o secretário poderia despachar diretamente com o presidente e ministros do Palácio do Planalto.

    De acordo com aliados, Temer avalia que a alteração pode mitigar as fortes críticas feitas à extinção do ministério vindas principalmente de artistas, produtores culturais e intelectuais de todo o país.

    Para o presidente interino, um recuo nesse momento com a recriação do ministério passaria uma sinalização muito ruim à sociedade.

    Senadores que estiveram com o peemedebista em reunião na manhã desta terça (17) contaram que Temer explicou a eles que fez apenas um enxugamento de gastos das pasta, com a redução de cargos comissionados, e que não pretende acabar com programas do ministério, como a lei Rouanet, nem diminuir o orçamento da área.

    Segundo os parlamentares, o presidente interino fez o comentário quando o senador Fernando Collor (PTC-AL) contou que, quando foi presidente da República, uma das frentes de briga que abriu com setores da sociedade que mais deram trabalho a ele foi justamente com o setor cultural. O senador recomendou a Temer repensar a estratégia.

    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também tem pressionado Temer para que ele reveja a questão e apoie a recriação da pasta, que pode ser feita por uma emenda à Medida Provisória enviada ao Congresso na semana passada com a formação de seu novo ministério.

    "Ontem [terça] eu propus ao presidente Michel recriar o Ministério da Cultura. Acho que ele é muito relevante para ser reduzido a uma questão contábil, orçamentária. Ele não vai quebrar o Brasil mas a sua extinção quebrará a nação porque colonizam sociedades. Isso não pode significar um retrocesso", afirmou Renan. Ele classificou a pasta como "fundamental e estratégica".

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