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    virada cultural 2016

    Em palco dos 'Mestres da Soul', Tony Tornado discursa contra o racismo

    BIANCA SOARES
    DE SÃO PAULO

    22/05/2016 11h33

    Moisés Rodrigues, 49, estava a caminho de casa quando escutou "Os Metres da Soul" cantarem clássicos do gênero no palco que animou a madrugada deste domingo (22) na Praça da República.

    Ele desviou do metrô ao ouvir Angélica Sansone, da banda Black Rio, abrir a apresentação que ainda receberia Carlos Dafé, Lady Zu, Di Melo e Tony Tornado.

    "Aos 17 anos, me apresentava em casas noturnas com um grupo chamado 'Brothers Soul'. Ouvir essa música de qualidade me remete àquele tempo. Tive que ficar", conta.

    O início do show foi marcado por protestos contra o presidente interino Michel Temer. "O que falar desse cara", disse Angélica, que cantou "A Cruz" com Dafé.

    Lady Zu e Di Melo colocaram a plateia para dançar com "Fêmea Brasileira" e "Se O Mundo Acabasse em Mel".

    "Os jovens não sabem que esta é a raiz do funk, não valorizam esses mestres", opina Rodrigues enquanto dança como na juventude.

    Tony Tornado, o mais aguardado da noite, cantou com o filho Lincoln sucessos como "BR-3" e "Sou Negro".

    Durante a apresentação, o cantor de 84 anos discursou contra o racismo. "Quando duas mãos se encontram, a sombra delas no chão é da mesma cor", disse.

    Lincoln, elogiado pelo pai um par de vezes, seguiu o mesmo discurso de valorização da cultura negra.

    Atrás da dupla, que não fez discurso político, um telão piscava com a mensagem "Fora Temer".

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