• Ilustrada

    Thursday, 02-May-2024 23:20:06 -03

    Na vida real, Marilyn Monroe estrelou romances dignos de ficção; conheça 5

    DE SÃO PAULO

    01/06/2016 13h00

    Um dos nomes mais emblemáticos da história dos Estados Unidos, Marilyn Monroe protagonizou escândalos, viveu as agruras de uma personalidade complexa e se tornou o maior símbolo de beleza de todos os tempos em sua curta passagem pela vida —ela morreu aos 36 anos.

    Mas foram os romances vividos pela atriz, que faria 90 anos nesta quarta-feira (1º), um dos aspectos mais escrutinados de sua trajetória. Sua vida amorosa foi marcada por episódios de ciúme, traição, "affairs" com mega-astros e até com o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy (1917-1963).

    Conheça agora cinco histórias de amor protagonizadas pela maior diva do cinema americano na vida real.

    *

    Casamento arranjado

    Era uma vez uma adolescente que havia acabado de completar 16 anos quando se viu obrigada a casar-se com o filho de um vizinho, para não voltar a um orfanato.

    O primeiro matrimônio da atriz, com James Dougherty (1921-2005), na época com 21 anos, aconteceu quando seu pai adotivo, Doc Goddard, foi transferido para a Virgínia Ocidental. Até então, a família morava na Califórnia —onde as leis impediam que os Goddard levassem a filha para fora do Estado.

    O casamento levou Marilyn a abandonar a escola e se tornar dona de casa —condição que detestava, segundo uma biografia lançada em 2001 por Donald Spoto. "Meu marido e eu quase não conversávamos. Isso não acontecia porque estávamos sempre com raiva, nós só não tínhamos nada a dizer. Eu morria de tédio", diz a atriz em uma das entrevistas que estão no livro.

    A união durou quatro anos. Reza a lenda que a segunda mulher de Dougherty o proibia de assistir aos filmes da ex.

    Associeted Press/AP
    Marilyn e seu segundo marido, Joe DiMaggio,
    Marilyn e seu segundo marido, Joe DiMaggio,

    Curto e intenso

    Não era difícil prever que o intenso relacionamento com a lenda do beisebol Joe DiMaggio (1914-1999) estava condenado desde o início. O casamento, selado em 1954, foi devassado pela imprensa e acometido pelo ciúme.

    Segundo o livro "Marilyn: The Passion and the Paradox" (Marilyn: a paixão e o paradoxo), de Lois Banner, a cena em que o vento de um respiradouro de metrô esvoaça o vestido branco de Marilyn em "O Pecado Mora ao Lado" (1955), uma das mais icônicas do cinema americano, irritou seu marido e foi determinante para o fim da união, que durou apenas nove meses.

    Mas DiMaggio nunca mais saiu de sua vida. Após o término do terceiro casamento da atriz, com o dramaturgo Arthur Miller, ele voltou a se aproximar, tentando salvá-la da depressão e levar alguma estabilidade à vida de Marilyn. Conta-se que, na época, ele chegou a pedi-la em casamento novamente.

    O velório da atriz, em 1962, foi organizado por seu ex-marido.

    Associeted Press/AP
    Marilyn abraça o dramaturgo Arthur Miller após seu casamento em Nova York, em 1956
    Marilyn abraça o dramaturgo Arthur Miller após seu casamento em Nova York, em 1956

    Incompatíveis

    Um intelectual, dramaturgo vencedor do prêmio Pulitzer de teatro, e uma atriz cuja sensualidade era a mais popular dos EUA. Marilyn e Arthur Miller (1915-2005) foram vistos como um casal "incompatível" pela imprensa americana.

    Mas o casamento foi o mais longevo da atriz —durou cinco anos. Por causa de Miller, ela se converteu à religião judaica, o que fez o Egito proibir a exibição de seus filmes, de acordo o livro "The Genius and the Goddess: Arthur Miller and Marilyn Monroe" (O gênio e a deusa: Arthur Miller e Marilyn Monroe), escrito por Jeffrey Meyers.

    A união também levou Marilyn a ser alvo de desconfiança do FBI. A agência de investigação americana suspeitava que o casal tivesse ligação com a militância política de esquerda.

    Associeted Press/AP
    Marilyn com Frank Sinatra (à dir.) e homem não identificado em festa do filme 'Can Can', em 1960
    Marilyn com Frank Sinatra (à dir.) e homem não identificado em festa do filme 'Can Can', em 1960

    Não a Sinatra

    Dois dos principais nomes da história americana, Marilyn e Frank Sinatra (1915-1998) dividiram sua solidão, juntos em um apartamento —por um tempo, sem nenhuma ligação sexual, conta o livro "A Vida Secreta de Marilyn Monroe", de J. Randy Taraborrelli.

    A estrela havia acabado de se separar de Miller e Sinatra, de Ava Gardner. Segundo a biografia, depois de se envolverem amorosamente pela primeira vez, ela curou os problemas de impotência sexual que o cantor enfrentava na época.

    A biografia "Sinatra: The Chairman" (Sinatra: o presidente), de James Kaplan, afirma que ele chegou a pedi-la em casamento, mas ela disse não.

    assista

    Happy birthday, mr. president

    Não se sabe ao certo a duração ou importância do romance entre Marilyn e o então presidente dos EUA, John F. Kennedy.

    Embora a história tenha acontecido sob vigilância constante do FBI e CIA, segundo o livro "Marilyn & JFK", de François Forestier, o único episódio acompanhado publicamente foi o sensual "Parabéns a você" que ela cantou ao político dentro de um vestido justíssimo —dizem, costurado em seu próprio corpo. O momento foi transmitido pela televisão para 40 milhões de americanos, cerca de três meses antes da morte da atriz.

    O livro "These Few Precious Days. The Final Year of Jack with Jackie" (Estes poucos dias preciosos. o último ano de Jack com Jackie), de Christopher Andersen, conta que Marilyn chegou a telefonar para a primeira-dama, Jackie Kennedy, para dizer que se casaria com seu marido. "Ótimo (...) Eu me mudo, e você fica com todos os problemas", teria dito Jackie.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024