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    Cresce espaço para bandas indie brasileiras no Primavera Sound

    LÚCIO RIBEIRO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BARCELONA

    06/06/2016 02h00

    A cena independente brasileira está em conexão direta com um dos principais festivais da Europa hoje, o espanhol Primavera Sound, um dos primeiros da temporada de verão do Hemisfério Norte.

    O evento de Barcelona tem aberto cada vez mais espaço para bandas nacionais tocarem e para produtores trocarem experiências sobre o país.

    Os paulistanos Inky, Aldo The Band, O Terno, Quarto Negro e Nuven, projeto eletrônico de Gustavo Teixeira, mais o curitibano Water Rats e o potiguar Mahmed tocaram tanto no palco Nightpro, um local para ver e ouvir novíssimas tendências, quanto nos shows de dia no suntuoso CCCB, o centro de cultura contemporânea de Barcelona.

    Todas as bandas foram levadas a Barcelona por instituições brasileiras que desenvolveram um rico intercâmbio com o Primavera, como os festivais Bananada (de Goiânia) e DoSol (de Natal) e o selo de discos e produção de shows Balaclava, de São Paulo.

    As apresentações do Inky, assim como a do Aldo The Band, atraíram um bom público no Primavera, conquistado pela curiosidade e pelo desempenho inicial das bandas. No Aldo, que começou com poucas pessoas na plateia, o show acabou com muita gente, formando uma verdadeira pista de dança.

    Bandas de estilos bem diferentes como O Terno (rock sessentista) ou Water Rats (garagem punk), este tocando no último dia às 4h, atraíram público considerável para vê-los.

    O intercâmbio com um festival tão importante para a música independente (as atrações principais foram Radiohead, Brian Wilson, LCD Soundsystem) rende várias aberturas para culturas indies "distantes" do eixo Europa-EUA, como a brasileira.

    O Aldo The Band, por exemplo, para aproveitar a viagem à Espanha, cavou um show em Portugal e outro num festival de Liverpool (Reino Unido).

    "A gente faz shows com o Primavera desde 2010 e começamos trazendo duas bandas do Brasil", afirma Fabrício Nobre, produtor do Bananada e um dos elos da ligação com o festival espanhol.

    "Neste ano foram sete. O interesse está naturalmente crescendo. O bacana é que fazemos uma pré-curadoria com umas 20 bandas. E os espanhóis é que ouvem e decidem quem vem, quantos vêm."

    O jornalista LÚCIO RIBEIRO voou à Europa a convite da empresa aérea KLM

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