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    Festival Vento, em Ilhabela, celebra música trans em 4 dias coloridos

    THALES DE MENEZES
    ENVIADO ESPECIAL A ILHABELA

    13/06/2016 02h02

    Leco de Souza/Divulgação
    Descrição: Karina Buhr no Festival de Ilhabela. CRÃDITO: Leco de Souza/Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Karina Buhr no festival de Ilhabela

    Entre os festivais de música no país, nenhum consegue ter tanta coerência quanto o Vento, que fechou neste domingo (12) quatro dias de shows na praia do Perequê, em Illhabela, litoral norte de São Paulo. Em sua segunda edição, escalou ótimos artistas, entre novos nomes e gente consagrada, todos com farta contribuição para a discussão de gênero na música.

    Da delicadeza envolvente de Filipe Catto à agressividade perturbadora de Karina Buhr e ao som balançado de Mahmundi, esses já assimilados pelo público mainstream papai-e-mamãe, atrações ainda não tão conhecidas avançaram também rumo a uma música brasileira dançante, sem firulas mas com frescuras. A curadora Anna Penteado afinou um line-up que mais parecia uma grande família musical.

    Feliz de quem estava lá na sexta (10) para ver o projeto Salada das Frutas, novíssima reunião de nomes do pop transexual: a poderosa voz de Lineker, o hip-hop esperto de Rico Dalasam e, de arrebentar, As Bahias e a Cozinha Mineira, com seu show que resgata a fúria alegre e libertária dos Dzi Croquettes para as gerações mais novas.

    A noite de abertura, na quinta (9), teve som afro, latino e urbano. A banda Samuca e a Selva, a cantora Mahmundi e os músicos Russo Passapusso e Serge Erege aqueceram a plateia, numa semana de extremo frio em Ilhabela.

    Na sexta, além da Salada das Frutas, a noite teve a fúria do grupo paulistano entre o rock e a disco music Aldo the Band, o diva paraense Jaloo, com ar de top model e batidas eletrônicas não menos elegantes, e o escracho desbocado do Bonde do Rolê.

    No sábado, as estrelas. Filipe Catto e Karina Buhr fizeram a sequência mais explosiva do festival. Ele, com a voz singular e suas canções rock com letras de bolero. Ela, com uma apresentação tresloucada, rolando pelo chão e batendo o microfone no próprio corpo, numa quase autoflagelação pop. Já na madrugada de domingo, Johnny Hooker foi visceral, transgressivo, com letras que pagam tributo ao amor sem freio.

    No domingo, três shows vespertinos. Dois nomes emergentes e adeptos de misturas musicais de fôlego, O Grande Grupo Viajante e Dom Pescoço, e o produtor e cantor de voz sussurrada Bruno Morais, que prepara seu terceiro álbum.

    O jornalista THALES DE MENEZES viajou a convite do festival

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