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    CRÍTICA/ FILME NA TV

    Brilhantismo de 'Para Sempre Alice' supera tema horrível

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    27/06/2016 03h14

    Existe uma ciência no cinema americano de tornar palatável um tema que, em princípio, parece insuportável. Em "Para Sempre Alice" (2014, 12 anos, HBO 2, 22h) o que vemos é uma mulher decompor-se sob o efeito do Alzheimer.

    Não qualquer mulher: uma professora. E de linguística, para completar. E para provar que atividade intelectual não tem nada, rigorosamente, a ver com a doença.

    Essa mulher é, no caso, Julianne Moore. Eis a ciência hollywoodiana: em lugar de ver a mulher se decompondo, se desumanizando, podemos nos fixar no desempenho de Julianne Moore, que por sinal ganhou um Oscar pelo papel. Que por sinal o mereceu.

    O horrível torna-se então de certo modo agradável. Continuamos em um "filme de tema" típico,grave, no mais. Mas o gozo do espectador é garantido. Viva a estrela!

    Divulgação
    Créditos: Divulgação Legenda: Julianne Moore em cena de "Para Sempre Alice" ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Julianne Moore em cena de "Para Sempre Alice"
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