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    Presos da operação Boca Livre são soltos em SP

    ANGELA BOLDRINI
    DE SÃO PAULO

    03/07/2016 17h43

    Nelson Antoine/Folhapress
    Agentes chegam à Polícia Federal, na Lapa, zona oeste de São Paulo, com detidos na operação Boca Livre; quadrilha fraudou lei Rouanet
    Agentes chegam à Polícia Federal, na Lapa, com detidos na operação Boca Livre na terça (28)

    Dez dos presos da operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (28), foram soltos na madrugada deste domingo.

    Permanecem na sede da PF em São Paulo, na Lapa, apenas Antonio Carlos Bellini, presidente do Grupo Bellini Cultural, e seus filhos Felipe Amorim e Bruno Amorim.

    Umas das presas, que não teve a identidade revelada, já havia sido solta na sexta-feira (1º). Os demais detidos foram liberados por volta da meia-noite de domingo, após a expiração do prazo de prisão temporária de cinco dias.

    Haviam sido expedidos 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal na operação, que investiga desvio de recursos na lei Rouanet.

    Entre os alvos da busca está o Grupo Bellini Cultural, que atua há 20 anos no mercado e é, conforme a investigação, o principal operador do esquema. Antonio Carlos Bellini Amorim e sua mulher, Tânia Regina Guertas, que também foi detida e está entre os liberados, são descritos pelos investigadores como líderes da organização criminosa.

    Os filhos Bruno Amorim e Felipe Amorim e a irmã de Bellini Zuleica Amorim também são acusados de pertencer à quadrilha. Felipe teria pagado seu casamento com recursos desviados da Lei Rouanet. A festa de luxo aconteceu na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Segundo a PF, o grupo fraudava a Rouanet desde 2001.

    O relatório da PF aponta que Bellini, "por meio de diversas pessoas físicas e jurídicas a seu serviço", conseguia aprovar projetos culturais com renúncia fiscal junto ao Ministério da Cultura e à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo -o texto, entretanto, não detalha como se dava o esquema no órgão estadual.

    Em âmbito federal, a PF estima que foram desviados R$ 180 milhões em dinheiro público, por meio de notas frias, superfaturamento, sonegação de impostos e contratação de serviços e produtos fictícios, entre outras fraudes.

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