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    Artistas comentam os melhores trabalhos de Glauco na Folha

    DE SÃO PAULO

    08/07/2016 12h02

    Divulgação
    Cartunista Glauco
    O cartunista Glauco

    A Ocupação Glauco, que começa no sábado (9), no Itaú Cultural, em São Paulo, deve ser um mergulho na mente anárquica do cartunista Glauco, que tem a admiração, inclusive, de gente renomada das artes gráficas.

    Glauco publicou regularmente na Folha de 1984 até 2010, ano em que ele e o filho Raoni foram assassinados. Cartuns na página 2, tirinhas na "Folhinha" e na "Ilustrada"... Passou por diversas editorias —às vezes, ao mesmo tempo— e, a todas elas, levou o brilhantismo do seu humor.

    A Folha pediu a quatro quadrinistas e chargistas que lembrassem os melhores trabalhos de Glauco nas páginas do jornal.

    Glauco/Folhapress
    Charge "Riso-Paí­s", de Glauco
    Charge "Riso-Paí­s", de Glauco

    LAERTE

    "Na Copa de 2002, se falava muito do 'risco Brasil' na política. Glauco fez uma charge do 'riso Brasil'."

    *

    Reprodução de Rafael Hupsel
    Tira do personagem Geraldinho, criada por Glauco e publicada na Folha
    Tira do personagem Geraldinho, criada por Glauco e publicada na Folha

    MONTANARO

    "O personagem inesquecível é Geraldinho. Eu me lembro, inclusive, das animações do Cartoon Network [em 2004]. Gostava da relação dele com a mãe porque era algo bem bobo. E às vezes aparecia um cachorrão para aprontar com ele."

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    Glauco/Folhapress
    Tirinha do personagem Geraldão, de Glauco
    Tirinha do personagem Geraldão, de Glauco

    BENETT

    "Para você ter ideia, estou olhando para uma foto do Glauco agora mesmo: tenho uma pequena foto dele grudada no mural aqui do meu estúdio. Quando eu tinha uns 12 ou 13 anos, ia até a biblioteca pública da minha cidade, munido com uma gilete daquelas de lâmina na manga, para recortar as tiras dele, do Angeli e do Laerte que saíam na 'Ilustrada'. As mulheres da biblioteca achavam muito estranho: um garoto de moletom no calor, sentado no fundo da biblioteca, escondido atrás de um monte de jornais encadernados. A delinquência parou quando cortei o dedo e jorrou litros de sangue na mesa, nos jornais etc. Tive que sair correndo. Mas enfim, o que eu mais gostava era das tiras do Geraldão dançando carnaval de sala, se masturbando pela mãe, indo comprar cigarros de pijama, o canalha do pai dele que aparecia de vez em quando —e era igual a ele. Só nessa série cabem umas dez obras do Freud."

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    Reprodução
    Tirinha do personagem Zé do Apocalipse, de Glauco
    Tirinha do personagem Zé do Apocalipse, de Glauco

    ADÃO ITURRUSGARAI

    "O que mais me marcou no trabalho do Glauco foram os personagens: Geraldão, Doy Jorge, Dona Marta, Zé do Apocalipse... Eram demais. Junto com Angeli e Laerte formava o time que mais me influenciou nos quadrinhos brasileiros. No final dos anos 1980 eu tentava copiar o traço dele; depois de ser malsucedido, desisti."

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