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O DJ e músico norte-americano Moby |
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Ilustrada
Wednesday, 08-May-2024 00:10:53 -03Em livro, Moby relata como trocou as drogas pela espiritualidade
THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO11/07/2016 02h25
Em 1999, o músico, DJ, compositor e produtor americano Moby lançou o álbum "Play". Tinha então 33 anos e o disco, que venderia mais de 10 milhões de cópias pelo mundo, encerrava uma década de muita batalha para chegar ao sucesso. E é esta década que ele relata em "Porcelain: Memórias", autobiografia lançada neste ano.
O livro não se parece em nada com as habituais recordações que artistas resolvem publicar. De origem muito pobre, Richard Melville Hall chegou a ser um morador de rua. Em 1989, ele encontrou refúgio num espaço de 9 m² dentro de uma fábrica de fechaduras abandonada, em Stamford, no Estado americano de Connecticut, numa espécie de condomínio de mendigos.
Moby não tem receio de detalhar uma vida barra-pesada. Escreve sobre suplicar drogas a traficantes e ser ameaçado por eles, sobre desastrosos encontros em busca de sexo, sobre morar sem ter água encanada e precisar urinar numa garrafa plástica para depois ir até a rua jogar o conteúdo fora.
Falar de tanta coisa nada agradável é difícil? "Não", responde Moby à Folha, falando por telefone de Los Angeles. "Certamente falta no meu cérebro alguma peça que as pessoas têm e que faz com que fiquem constrangidas numa situação dessas."
"Não sabia se poderia escrever um bom livro, ainda não sei se escrevi", continua. "Mas tinha a convicção de que escreveria um livro honesto."
ANOS 1990
Aos 50, ele afirma que escolheu focar a década de 1990 no livro por ser realmente seu período de transformação. E diz acreditar que esconder detalhes repugnantes seria minimizar essa mudança desde os tempos em que tentava emplacar como DJ em Nova York.
Moby Porcelain Moby Porcelain Comprar Moby conta que já tenta escrever sobre os dez anos seguintes, mas não está fácil. "O que fiz depois de 'Play' foi viajar, tocar, conhecer gente boa e ruim, tomar todas as drogas possíveis, transar com todo mundo disponível, chegar ao fundo do poço e sair dali mais limpo, vegetariano, espiritualista, sóbrio. Enfim, eu sou um clichê, não?"
PORCELAIN: MEMÓRIAS
AUTOR Moby
TRADUÇÃO Alexandre Raposo
EDITORA Intrínseca
QUANTO R$ 44,90 (416 págs.)Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
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