Antonio Prata, escritor e colunista da Folha, precisa da silêncio. E prefere digitar numa cadeira dobrável, com o notebook no colo. Quando viaja, inclusive, despacha o apetrecho nas bagagens. Mas quando o transporte não é possível... "Eu escrevo em qualquer canto, desde que, sim, haja algum silêncio".

O escritor e jornalista Ruy Castro, também colunista da Folha, só se senta para escrever depois de ter tudo apurado ou "de o texto já estar meio organizado na cabeça". Com a bagagem de mais de 20 anos em redações, "no tempo em que elas eram barulhentas, com máquinas de escrever metralhando, telefones tocando e gente falando alto", diz, não precisa de silêncio ou sossego. "Consigo escrever em qualquer lugar".

Também gosta de escrever com música, mesmo que quando se dá conta "o disco já acabou e nem ouviu", e relê cada página ou parágrafo, para torná-los mais simples e objetivos inúmeras vezes. "Tudo que é fácil de ler é difícil de escrever", diz.

Castro, que mora de frente para o mar, em um apartamento no Leblon, bairro do Rio de Janeiro (RJ), opta por escrever no quarto dos fundos, que dá para a parede do prédio ao lado. "Não há capacidade de concentração que resista ao oceano Atlântico!".

Desde de 1960, no dia 25 de julho é celebrado, no Brasil, o Dia Nacional do Escritor –a nível mundial, a data é lembrada em 13 de outubro. A marca no calendário foi estabelecida graças ao I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, então sob o comando de João Peregrino Júnior.

Além de Prata e Castro, a galeria abaixo compila manias e costumes de importantes nomes da literatura mundial. Uma reportagem da Folha publicada em 13 de janeiro de 1952 reuniu hábitos curiosos de Alexandre Dumas, Victor Hugo, Dickens, Verlaine, Hoffman, Balzac e outros. Confira: