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    Nova coleção da Folha traz grandes biografias históricas levadas à tela

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    31/07/2016 02h01

    No próximo domingo, dia 7, chegam às bancas os dois primeiros volumes da Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema, uma série de 28 livros acompanhados de DVD com filmes que retratam personalidades históricas.

    A cada semana, a coleção apresentará a vida de homens e mulheres que fizeram a diferença. Gente que inovou a ciência, mudou o pensamento da sociedade, rompeu tradições, fez revolução na religião, na política e na arte.

    Divulgação
    Rod Steiger como Napoleão no filme "Waterloo" - Crédito: Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Rod Steiger como Napoleão no filme "Waterloo", filme que abre a Coleção Folha

    "Waterloo", produção de 1970, abre a coleção mostrando Rod Steiger no papel de Napoleão Bonaparte em sua batalha derradeira. O ator é uma espécie de "astro" da série, porque protagoniza mais dois filmes da lista.

    Steiger interpreta o líder italiano Benito Mussolini em "Mussolini - Ascensão e Glória de um Ditador", no 20º volume, e também o gângster americano Al Capone, no filme homônimo que está no 23º livro-DVD da lista.

    Cada volume da coleção reúne em livro a biografia da personalidade retratada, cronologia da época e textos de apresentação do filme, do elenco e do diretor, ilustrado com fotos da produção.

    O preço de cada volume é R$ 19,90, e o segundo, oferecido gratuitamente com o primeiro, traz a vida atormentada do escritor britânico Oscar Wilde, que foi para a prisão no auge da popularidade, no fim do século 19, perseguido por sua homossexualidade.

    Quem interpreta Wilde é o britânico Stephen Fry. Todos os filmes contam com elencos destacados, incluindo, entre outros, Bette Davis, Henry Fonda, Anthony Hopkins, Jean Seberg, Richard Burton, Marlene Dietrich e Marlon Brando.

    Fã de Brando, que está em "Viva Zapata!" (volume 24), o historiador Carlos Guilherme Motta, professor aposentado de história contemporânea na USP e professor de história da cultura na Universidade Mackenzie, defende a adoção de cinebiografias nas escolas e destaca seu ídolo.

    "Assistir a 'Viva Zapata!' é uma experiência tripla. Você conhece um pouco da história do México, em um momento-limite, entende a figura de um revolucionário como Emiliano Zapata e, em terceiro lugar, assiste a um filme daquele que é possivelmente o maior ator do século 20, Marlon Brando. Uma pessoa pode iluminar um período."

    O crítico da Folha e curador da coleção Cássio Starling Carlos ressalta aspectos levados em consideração. "O valor de cada filme, do ponto de vista histórico e estético, e o grau de curiosidade em relação ao personagem. Associar os dois é um quebra-cabeças."

    Ele ressalta que as cinebiografias nasceram junto com o próprio cinema, mas vê um período de pico nos anos 1930, na Grande Depressão. E nos últimos anos, quando personagens reais chegaram a aparecer em mais da metade dos indicados ao Oscar.

    "A cinebiografia mostra pessoas que sofreram e acabaram dando certo, gente que comeu o pão que o diabo amassou e acabou entrando para a história."

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