Para os próximos trabalhos, o Corpo tem dois desafios. Um é buscar novos patrocínios, já que o principal patrocinador da companhia, a Petrobras, reduziu a verba destinada ao grupo nos últimos dois anos.

Segundo Paulo Pederneiras, diretor do Corpo, a estatal já chegou a contribuir com quase a metade do orçamento anual do grupo (cerca de R$ 15 milhões). No último ano, só entrou com R$ 2,3 milhões.

	Luiz Pederneiras/Divulgação
	Cena de "Lecuona", espetáculo do Grupo Corpo

"Estamos correndo atrás de novas parcerias, os tempos são outros", diz o coreógrafo Rodrigo Pederneiras. O grupo achou outros patrocinadores, como o Itaú, a Unimed e o governo de Minas, para fechar a conta.

Mas não foram feitas demissões, segundo Paulo. "A companhia é muito enxuta, menos que isso não dá."

A outra empreitada é uma mudança no comando. Rodrigo anunciou no ano passado que iria começar a "passar o bastão". A candidata é Cassi Abranches, que assinou a coreografia "Suíte Branca" (2015).

"Ainda não quero parar. Mas, com a Cassi, está tudo em casa: ela é casada com meu filho, mãe de meus netos", diz o coreógrafo.

Do novo trabalho, que estreará no ano que vem, ainda não se sabe nada da coreografia, mas quem fará a trilha musical é a banda paulista Metá Metá