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    Guilherme Fontes também vai inscrever 'Chatô' na disputa ao Oscar

    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    25/08/2016 19h31

    O filme "Chatô", de Guilherme Fontes, também irá se inscrever na disputa pela vaga brasileira no Oscar.

    A informação foi confirmada pelo próprio diretor à Folha. "Assim como os concorrentes, 'Chatô' tem grandes qualidades e foi feito com muito esforço", diz Fontes.

    "São mais de 30 criticas excepcionais, cinco dos prêmios nacionais mais representativos do setor, quase unânimes. Acho que meus técnicos e atores, que tanto se empenharam, merecem."

    Reprodução
    Marco Ricca em cena do filme 'Chatô
    Marco Ricca em cena do filme 'Chatô'

    O diretor não quis comentar a polêmica envolvendo a comissão. Instituído pela Secretaria do Audiovisual, o grupo de nove membros tem um integrante que já usou redes sociais para atacar o diretor Kleber Mendonça Filho, que é um dos favoritos a levar a vaga, pro "Aquarius".

    Fontes diz que deverá fazer a inscrição na sexta (26). O prazo termina no dia 31/8. O escolhido será anunciado no dia 12/9. Como "Chatô" foi lançado no fim de 2015, ele é elegível para a disputa.

    Cinebiografia inspirada no livro homônima de Fernando Morais, "Chatô" acompanha, de forma não linear e delirante, passagens da vida de Assis Chateaubriand (1892-1968), fundador do grupo Diários Associados, que atuou na política, ajudou a criar o Masp e também trouxe a TV ao Brasil.

    A produção ganhou ares mitológicos na história do cinema nacional por ter demorado 20 anos para ser concluída desde que Fontes anunciou o projeto, em 1995.

    Nessas duas décadas, o longa parecia ter naufragado. Passou por uma parceria furada e onerosa com Francis Ford Coppola entre 1997 e 1998, gastos exorbitantes a partir de 1999 (mesmo ano em que o Ministério da Cultural começou a averiguar as contas),, acusações de irregularidades no uso do dinheiro público e por um vaivém em órgãos como o Tribunal de Contas da União e o Supremo Tribunal Federal.

    Foi lançado em novembro e hoje está disponível em plataformas como a Netflix.

    Em junho, após longo trâmite, o Tribunal de Contas da União decidiu rever um recurso que pode isentar Fontes de pagar R$ 66,2 milhões ao cofres públicos por não ter entregue o longa sobre Assis Chateubriand.

    Para Fontes, uma eventual escolha de "Chatô" será "a pá de cal" no caso.

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