Um dos relatos mais conhecidos da Segunda Guerra, "O Diário de Anne Frank" é seguidamente adaptado a versões para cinema, teatro e até mesmo quadrinhos. A força da obra praticamente a impõe como exemplo obrigatório entre cinebiografias.

A versão de "O Diário de Anne Frank" selecionada para a Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema é a produção de 2009, dirigida por Jon Jones para a rede britânica BBC. O projeto foi concebido em duas frentes, exibido como minissérie na TV e como longa-metragem nos cinemas. O filme, o sexto volume da coleção, vai às bancas no próximo domingo (4/9).

O diário começou a ser escrito em Amsterdã por Annelies Marie Frank, então com 13 anos, em 12 de junho de 1942. A partir de 9 de julho daquele ano, até 1º de agosto de 1944, Anne ficou escondida com sua família e amigos judeus num quarto secreto, pouco maior do que um porão, durante a ocupação nazista.

Após a polícia descobrir o local, os ocupantes foram enviados a campos de concentração. De Auschwitz, ela e a irmã Margot foram transferidas para Bergen-Belsen, onde morreram de tifo, entre fevereiro e março de 1945. O pai delas, Otto Frank, lançou o diário em livro em 1947.

A direção do filme utiliza muitos planos fechados, numa tradução visual da sensação claustrofóbica a que estavam submetidas. A atriz Ellie Kendrick faz o papel da garota que se transformaria em autora best-seller mundial pelas décadas seguintes.

O destaque que obteve em "O Diário de Anne Frank" fez a carreira da moça deslanchar. Em seguida, ela participaria ao lado de Carey Mulligan do filme "Educação", roteiro elogiado do escritor pop Nick Hornby. A partir de 2013, Ellie Kendrick integra o elenco da série "Game of Thrones", como Meera Reed.

Há outro rosto bem conhecido em "O Diário de Anne Frank". Margot, a irmã da protagonista, é interpretada por Felicity Jones, indicada ao Oscar no ano passado por "A Teoria de Tudo".