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    Alckmin sanciona Dia do Funk de São Paulo, que homenageia MC Daleste

    RODOLFO VIANA
    DE SÃO PAULO

    21/09/2016 18h10

    Reprodução/Facebook
    Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 19, o MC Daleste, em foto do Facebook. O MC foi morto no palco, após levar um tiro durante um show realizado em Campinas, SP. (Foto: Reprodução) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    MC Daleste foi morto após ser baleado durante show na periferia de Campinas (SP)

    O governador de São Paulo Geraldo Alckmin sancionou na quarta (21) lei que institui 7 de julho como Dia Estadual do Funk de São Paulo.

    A sanção chega dois anos depois de a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) apresentar o projeto na Câmara. A datal, ela explica, é em homenagem a Daniel Pedreira Pellegrine, conhecido como MC Daleste, morto na madrugada de 7 de julho de 2013 com um tiro durante um show no bairro CDHU Vila San Martin, em Campinas.

    "Ao definir o dia 7 de julho como o Dia Estadual do Funk", diz a deputada no texto apresentado na Câmara, "esse projeto de lei pretende reconhecer que essa legítima manifestação cultural e musical de caráter popular é digna do zelo do Poder Público. (...) O que desejamos com esta proposição, portanto, é que a lei contribua para que os artistas desse gênero musical sejam reconhecidos e protegidos contra qualquer tipo de discriminação e de desrespeito aos seus direitos profissionais".

    À Folha Leci Brandão explica que, após a morte do funkeiro, músicos procuraram-na para pensar políticas públicas voltadas ao movimento cultural. Inserir um dia específico no calendário oficial é um primeiro passo para "acabar com o preconceito", diz.

    Segundo a deputada, a data busca celebrar "o funk como gênero musical, que é uma forma de comunicação da juventude da periferia hoje". Ela lembra que o gênero preenche o espaço de diálogo entre juventude e Poder Público e, devido à omissão dos órgãos competentes, "o jovem encontra na rua um mecanismo de cultura", diz.

    Ela ressalta que de forma alguma se trata de uma comemoração ao "pancadão com letras que, por exemplo, subjugam as mulheres ou fazem apologia a atos ilícitos".

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