• Ilustrada

    Thursday, 02-May-2024 01:08:01 -03

    Crítica

    Novo 'Bridget Jones' não poupa clichês, mas tem certa graça

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    01/10/2016 23h33

    A voz continua igual. Os cabelos, também. Mas, aos 43 anos e cheia de rugas no rosto, Bridget Jones decide que é hora de revolucionar a trilha sonora de sua vida: sai a melancólica "All by Myself", de Céline Dion, e entra a vibrante "Jump Around", do House of Pain.

    Embora mais autoconfiante, finalmente no peso ideal e promovida a produtora de um programa de notícias, a solteirona (nada) convicta convive com os mesmos dilemas em "O Bebê de Bridget Jones", terceiro longa da franquia que fez sucesso no início dos anos 2000, estrelada por Renée Zellweger. O agravante, agora, é que ela precisa descobrir o verdadeiro pai de seu filho.

    Divulgação
    CENA DO FILME O O bebE de Bridget Jones [Bridget Jones' s Baby, Reino Unido, 2015], de Sharon Maguire (Universal). Gênero: comédia. Elenco: Renee Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Patrick Dempsey e Renée Zellweger em cena da comédia

    As opções são promissoras: Jack (Patrick Dempsey), um ricaço descolado e novo no pedaço, e Mark Darcy (Colin Firth), o eterno ex-namorado conservador de Bridget.

    A química entre o trio funciona bem, rende cenas divertidas e supre a ausência do mulherengo desaparecido Daniel Cleaver (Hugh Grant). Vale ainda destacar as acertadas interferências de Emma Thompson, que interpreta uma obstetra sem filtros.

    Para não soar antiquada e tentar fisgar novos espectadores, a produção, lançada 15 anos depois da primeira versão, recorre a referências bastante atuais: um festival de música estilo Tomorrowland, um encontro inusitado com o cantor Ed Sheeran, a realidade dos aplicativos de paquera. Na pele de uma estabanada e deslocada Bridget Jones –essência da personagem–, tais situações ganham certa graça.

    Como toda comédia romântica, essa também não economiza nos clichês. Nada, porém, que comprometa as expectativas daqueles que se identificam com os dramas da solteirona muito bem resgatada por Zellweger.

    O BEBÊ DE BRIDGET JONES (BRIDGET JONES'S BABY)
    DIREÇÃO Sharon Maguire
    ELENCO Renée Zellweger, Patrick Dempsey, Colin Firth
    PRODUÇÃO Reino Unido/Irlanda/França/EUA, 2016, 12 anos
    QUANDO: em cartaz

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024