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    Regina Casé repagina o programa 'Esquenta' e volta a rodar o país

    LÍGIA MESQUITA
    DE ENVIADA ESPECIAL AO RIO

    16/10/2016 02h15

    "Eu ouso dizer que estamos com um formato original. Brinco que até podemos vender para a Endemol [produtora dona do 'Big Brother']", diz Regina Casé à Folha, às vésperas de estrear mais uma temporada de seu dominical "Esquenta". "A demanda da gente sempre foi de transgressão, inovação."

    O programa, que era gravado inteiramente em estúdio, no Rio, com convidados e grande foco na parte musical, ganhou novo formato – o original fica por conta da apresentadora, já que existem atrações parecidas, como o britânico "Gogglebox".

    Casé voltou a viajar pelo país, como fazia em "Brasil Legal", que comandou entre 1994 e 1998.

    João Januário/Globo/Divulgação
    Regina Casé em almoço na casa de uma família de judeus ortodoxos em Belém do Pará
    Regina Casé em almoço na casa de uma família de judeus ortodoxos em Belém do Pará

    Agora, a apresentadora almoça a cada semana com uma família em uma região do país, num esforço de deixar o dominical com uma cara menos carioca, como antes era percebido por parte do público –a audiência no Rio era bem melhor que em SP, onde o "Esquenta" perdia embates para a Record.

    Durante essas visitas a casas de anônimos, Casé assiste junto com eles a uma parte do "Esquenta" gravada em estúdio. A gravação é feita com base em uma pesquisa anterior com a família, abordando assuntos que dialogam com seus integrantes.

    No programa de estreia, neste domingo (16), por exemplo, a apresentadora contará a história de uma jovem da plateia que, abandonada ao nascer, foi adotada.

    Quando corta para o sofá onde Casé está, em Fortaleza, a família de lá também revela ter adotado uma criança, deixada na porta da casa.

    Em outro momento, a apresentadora conta a história da empregada da família, Vera Lúcia, que trabalha há 36 anos na casa e cuidou mais dos filhos dos patrões do que dos seus próprios.

    No palco do estúdio, o cantor Emicida fala sobre ter crescido sem a presença da mãe, que também era doméstica e ficava o dia todo fora.

    E dá-lhe lágrimas rolando nas casas e no estúdio.

    O risco de cair no pieguismo, no entanto, não preocupa Casé. "Gosto de dar risada e me emocionar quando vejo TV, seja numa novela, numa entrevista", afirma.

    Para o antropólogo Hermano Vianna, um dos criadores do "Esquenta", a ideia principal da nova temporada é que a TV volte a pautar as conversas, assim como acontece nas redes sociais.

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    NA TV - "Esquenta"
    Quando: a partir deste domingo (16), às 13h45, na Globo

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