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O poeta Antonio Cicero, um dos candidatos à vaga de Ivo Pitanguy |
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Monday, 20-May-2024 18:29:07 -03Academia Brasileira de Letras racha e não elege sucessor de Ivo Pitanguy
MAURÍCIO MEIRELES
DE SÃO PAULO24/11/2016 17h36 - Atualizado às 14h59
Erramos: esse conteúdo foi alteradoA ABL (Academia Brasileira de Letras), que deveria eleger na tarde desta quinta-feira (25) o sucessor de Ivo Pitanguy, rachou —e com isso não elegeu ninguém. A votação foi realizada no Petit Trianon, no Rio de Janeiro, sede da instituição.
Os dois favoritos à vaga eram o poeta e compositor Antonio Cicero e o cientista político Francisco Weffort, que não chegaram à maioria absoluta. A cadeira 22 está vaga desde a morte do cirurgião plástico, em agosto.
Cecília Acioli - 12.dez.2012/Folhapress O cientista político Francisco Weffort, que concorria a uma vaga na ABL O regulamento da Casa de Machado permite que sejam feitas até quatro votações e, para ser eleito, um candidato precisa ter maioria absoluta.
Nas duas primeiras, ainda havia chance para o pesquisador musical Ricardo Cravo Albin, que acabou por ficar de fora. Nas duas ultimas, Cicero ficou com 17 votos, conta 14 de Weffort.
Pelas regras, as inscrições para a vaga de Pitanguy são abertas novamente, e uma nova eleição será marcada.
Agora os acadêmicos farão uma pesquisa nas atas da ABL para descobrir qual a última vez em que algo do tipo ocorreu. Em 2004, isso havia acontecido, na eleição que tinha como favoritos o poeta e crítico Antonio Carlos Secchin e a socióloga Maria Beltrão —uma nova eleição foi marcada, e Secchin foi o vencedor.
O resultado da votação mostra uma divisão entre as alas em que a ABL se divide: a da cultura, que reúne os nomes ligados à língua e à literatura, e a dos notáveis, com os políticos, médicos e figuras de outras profissões não ligadas às letras.
Essa divisão já havia aparecido na eleição anterior, na qual o economista Edmar Bacha foi escolhido, derrotando o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, por 18 votos a 15. Bacha passará a ocupar, depois da posse, a cadeira 40, que foi do jurista Evaristo de Moraes Filho.
Em geral, as eleições na Casa de Machado são decididas quase por unanimidade. No caso da disputa entre Bacha e Grau, a ala dos escritores via no jurista uma relação maior com a cultura humanista, enquanto o economista era o preferido dos notáveis.
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