O romance "A Resistência" (Companhia das Letras), do escritor paulistano Julián Fuks, foi eleito o livro de ficção do ano pelo Prêmio Jabuti, conforme anunciado em cerimônia na noite desta quinta-feira (24). O autor receberá R$ 35 mil.

O livro, um dos mais elogiados de 2015, também está na final do Prêmio Oceanos –e havia sido finalista do Prêmio São Paulo.

Na trama, Fuks traz um protagonista que reconstrói sua história familiar e tenta dar significado aos desdobramentos emocionais da adoção de seu irmão.

Já na não ficção, foram eleitos dois livros do ano, por conta de um empate. Os eleitos foram "Mário de Andrade: Eu Sou Trezentos" (Edições de Janeiro), biografia do modernista do pesquisador e crítico literário Eduardo Jardim, e o "Dicionário da História Social do Samba" (Record), do historiador Luiz Antonio Simas e do pesquisador (e compositor) Nei Lopes.

A Resistência

Julián Fuks

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O livro de Jardim foi um volume aguardado, porque o escritor modernista foi por muito tempo um personagem considerado impossível de ser biografado. O motivo seria a resistência de familiares para tratar da sexualidade do autor.

Já o dicionário de Simas e Nei Lopes conta não só a história do samba por meio de 393 verbetes, mas também a relação do ritmo com a sociedade.

A categoria de voto popular, realizada este ano com a Amazon, premiou: "Ainda Estou Aqui", de Marcelo Rubens Paiva (Alfaguara), na categoria Romance; "Amora", de Natalia Borges Polesso (Não Editora) em Contos & Crônicas; e "Vertigens", de Wilson Alves Bezerra (Iluminuras) em Poesia.