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    Escritor espanhol Eduardo Mendoza vence Prêmio Miguel de Cervantes

    DA AFP

    01/12/2016 12h05

    O escritor espanhol Eduardo Mendoza, 73, é o vencedor do Prêmio Miguel de Cervantes, considerado o Nobel da Literatura hispânica, anunciou o ministro da Cultura da Espanha Iñigo Méndez de Vigo, nesta quarta-feira (30).

    "Considero-o um pouco o fim de uma trajetória (...), o encerramento de um ciclo. É um prêmio que vem para dizer que tudo saiu bem no final", afirmou Mendoza em uma coletiva de imprensa em Londres.

    O escritor catalão de "La Ciudad de Los Prodigios", considerada sua melhor obra, levou o prêmio por sua literatura "cheia de sutilezas e ironia", declarou o ministro.

    Eduardo Mendoza explicou que soube do prêmio no meio da rua, quando recebeu uma ligação de um número desconhecido.

    Justin Tallis/AFP
    Spanish novelist Eduardo Mendoza poses for photographers after speaking at a press conference in central London on November 30, 2016. The Spanish ministry announced on November 30, 2016 that Mendoza is the winner of the 2016 Cervantes literary award. / AFP PHOTO /
    O romancista espanhol Eduardo Mendoza, que foi contemplado com o Prêmio Miguel de Cervantes

    "Levei um susto. Disse 'minha mãe, que situação, e não é Carmen Balcells'", contou, referindo-se à sua agente literária, conselheira e amiga morta há pouco mais de um ano.

    Criado em 1975 e dotado com 125.000 euros (US$ 133 mil), o Prêmio Cervantes retorna aos espanhóis, após ter sido entregue ao romancista mexicano Fernando del Paso, em 2015.

    A aparição "repentina" em 1975 de Mendoza, então com 32 anos, vindo do mundo da tradução com "La Verdad Sobre el Caso Savolta", representou um dos "marcos da história da escrita espanhola", explicou o presidente do júri, Pedro Álvarez de Miranda.

    A obra é um retrato das lutas sindicais do início do século 20 em Barcelona e é considerado o primeiro romance da transição democrática na Espanha, após a morte do ditador Francisco Franco.

    Reconhecido internacionalmente, o escritor acredita em que esse tipo de prêmio serve para "fazer um balanço".

    "Chega um momento em que, por razões biológicas e pessoais, penso em me aposentar. Talvez já tivesse que fazer, agora que ganhei a Champions", brincou, fazendo um paralelo com o campeonato mais prestigiado do futebol europeu.

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