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    Depoimento

    Porchat: 'Tenho a sorte de poder dizer que o Jô mudou minha vida'

    FÁBIO PORCHAT
    ESPECIAL PARA A FOLHA

    16/12/2016 02h16

    Todo mundo sabe a hora certa de ir dormir. É assim que acaba o programa do Jô Soares. Desde muito tempo (para mim desde sempre), antes de dormir, a gente dá aquela zapeada para saber quem é o entrevistado do Jô.

    Bom, sinto constatar, mas, a partir de semana que vem, o mundo ganhará 200 milhões de insones. Ninguém mais saberá a hora de ir para cama. Vamos passar a madrugada procurando por aquele que sempre fez o serviço do galo às avessas. E não vamos encontrá-lo.

    Seremos uma multidão de zumbis, perambulando por nossas casas sem saber exatamente o que fazer. Nesta sexta-feira, ganharemos o último beijo do gordo na história. Realmente esse 2016 está provando ser um babaca mesmo.

    O Jô elevou o humor a um outro patamar. Mostrou como podemos ser fortes usando apenas as palavras. Como é possível ter relevância e ser respeitado sendo engraçado. O que ele fez pela comédia apenas alguns gênios como Chico Anysio e Ronald Golias conseguiram.

    Eu, particularmente, tenho a sorte de poder dizer que o Jô Soares mudou a minha vida. Se não fosse por ele, hoje talvez eu estivesse infeliz, trabalhando numa firma e sendo o tiozão engraçado do trabalho.

    Eu posso bater no peito e dizer: "Sabe o Jô? Então, foi lá que tudo começou para mim". Obrigado, Jô, por mim e por todo mundo que sempre foi para a cama mais leve e feliz.

    Só vou te pedir que, nos primeiros anos, você me ligue toda noite por volta das duas da manhã para me dizer que eu já posso dormir. Pode ser até um áudio do Whats. É só até eu me acostumar. Sabe como é, né? Força do hábito.

    Fábio Porchat no programa do Jô

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