• Ilustrada

    Saturday, 04-May-2024 06:51:32 -03

    BaianaSystem faz esquenta no Memorial da América Latina

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    11/02/2017 02h10

    Divulgação
    Da esq. para a dir., Russo Passapusso, Marcelo Seco e Roberto Barreto
    Da esq. para a dir., Russo Passapusso, Marcelo Seco e Roberto Barreto

    O álbum "Duas Cidades", do grupo BaianaSystem, foi um dos melhores discos lançados no ano passado.

    Uma mistura eletrizante de samba-reggae, rap, ritmos baianos e até jazz. Mas quem for assistir ao show da banda neste domingo (12), no Memorial da América Latina, pode ouvir algo bem diferente do que o que está no CD.

    Formado em 2009 pelo guitarrista Roberto Barreto, o BaianaSystem preserva um núcleo original, que tem também o baixista Marcelo Seco, o cantor Russo Passapusso e o designer e fotógrafo Filipe Cartaxo. Sim, a concepção visual do projeto é tão importante que um de seus integrantes só se dedica a isso.

    Em torno deles, o grupo conta com colaborações variadas a cada show. "A gente tem esse núcleo no palco, eu, SekoBass e Russo, que é o trio de guitarra baiana, baixo e voz, mas também temos os vários DJs que colaboram, a percussão a gente também já mudou muito", conta Roberto Barreto à Folha.

    O show faz parte da programação Carnaval na Praça, que ocupa o Memorial neste sábado e domingo, e pode incluir material que eles estão ensaiando para o Carnaval.

    O grupo criou em 2013 o trio Navio Pirata. "Sairemos todos os dias em Salvador. É um trio que sai de forma independente, sem corda."

    Eles adotam o soundsystem jamaicano, aparelhagem configurada para fornecer bases rítmicas para apresentação de músicos de reggae.

    "A lógica do soundsystem é ter as bases e gerar coisas em cima delas. Não é como um show, com canções. Depende muito do lugar, do público. Mesmo no lançamento do 'Duas Cidades' a gente já não tocou as músicas como elas estão registradas no disco. Eu tocava a guitarra de uma música, enquanto o Russo cantava a letra de outra."

    Como referência distante, é possível dizer que a mistura deve agradar quem gosta de Chico Science ou O Rappa.

    Barreto concorda que a atitude do BaianaSystem lembra os jazzistas, que mudam bastante as músicas a cada apresentação. "Vamos ao palco com algumas marcações básicas, um tema de abertura, uma forma que vai até um pedaço. Depois, isso se abre. Funciona mesmo como os temas de jazz. Chegamos a fazer show com uma música. A gente começou com ela e aí foi derivando."

    O BaianaSystem tem poucos registros de seu som. O primeiro disco, homônimo, saiu em 2010. "Duas Cidades" só veio seis anos depois. Barreto admite que a carreira deles é mesmo ao vivo.

    "Muita gente pega o 'Duas Cidades' e diz que já conhecia muitas músicas. É que elas são desenvolvidas ao vivo. A gente acaba gravando, mas nunca para de mudar."

    *

    BAIANASYSTEM
    QUANDO: domingo (12), às 16h30
    ONDE: Praça Cívica, Memorial da América Latina, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, (11) 3823-4600
    QUANTO: grátis

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024