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    Festival de Berlim 2017

    Com protestos, brasileiros fazem barulho em Festival de Berlim

    GUILHERME GENESTRETI
    ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

    16/02/2017 02h12

    Divulgação
    Maria Ribeiro e Felipe Rocha estão em 'Como Nossos Pais
    Maria Ribeiro e Felipe Rocha estão em 'Como Nossos Pais'

    O Brasil tem feito barulho em sua passagem pelo Festival de Berlim. A dúzia de produções que o país emplacou nesta edição da mostra de cinema alemã é um recorde dos últimos 30 anos.

    Por enquanto, a que tem rendido mais repercussão é "Vazante", primeiro voo solo de Daniela Thomas, que conta a história de um casamento forçado. A revista "Hollywood Reporter" destacou seu rigor histórico e o visual "acachapante" do longa.

    "Como Nossos Pais", de Laís Bodanzky, foi bastante elogiado por seu retrato da jornada psicológica de uma mulher trintona e independente (Maria Ribeiro). A mesma "Hollywood Reporter" rasgou elogios aos "diálogos espertos" e ao trabalho da atriz.

    O aguardado "Não Devore Meu Coração!", trama juvenil ambientada em meio a conflitos fundiários, dividiu opiniões. As críticas focaram um aspecto do longa de Felipe Bragança: a disparidade das atuações entre os atores profissionais e os amadores.

    Bragança foi um dos diretores que fizeram pesadas críticas ao governo no palco: chamou Michel Temer de golpista e foi aplaudido. "Golpista" também foi como a produtora Diana Almeida se referiu a Temer ao apresentar "As Duas Irenes".

    Ao mostrarem seus respectivos longas, Julia Murat ("Pendular") e Davi Pretto ("Rifle") também reservaram críticas ao governo. João Moreira Salles ("No Intenso Agora") evitou menções diretas, mas seu documentário foi lido como um tratado sobre o momento político atual.

    Na noite de terça (14), durante a tradicional recepção oferecida pela Embaixada do Brasil na Alemanha, cineastas leram um manifesto pela manutenção das políticas públicas à produção autoral no país, de olho na troca de comando da Ancine que se aproxima.

    Nesta quinta (16), será exibido o último título nacional, "Joaquim", de Marcelo Gomes, justamente aquele que está na seção mais importante: a mostra competitiva.

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