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    Grupos protestam em SP contra congelamento de verbas da Cultura

    DE SÃO PAULO

    22/02/2017 19h32

    Eduardo Anizelli/Folhapress
     SAO PAULO, SP, BRASIL, 22-02-2017, 17h20: Artistas fazem protesto nas escadarias do Municipal contra o cngelamento de verbas da cultura. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, ILUSTRADA)
    Manifestantes protestam em frente ao Theatro Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (22)

    Coletivos artísticos da cidade protestaram, na tarde desta quarta (22), contra o congelamento de 43,5% do Orçamento municipal destinado à Secretaria de Cultura.

    Convocada pela Cooperativa Paulista de Teatro, a manifestação marchou do Teatro Municipal até a frente da sede da prefeitura, no centro.

    A Polícia Militar estimou o número de manifestantes em cerca de 300 pessoas.

    Com a forte chuva, o protesto, marcado para as 16h, acabou atrasando.

    Os manifestantes correram para se abrigar a um lado do hall de entrada do Municipal, o que resultou em um momento de tensão com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), que fora convocada para proteger o edifício.

    Enquanto as pessoas que protestavam entoavam palavras de ordem, a GCM pedia que elas deixassem o prédio –embora a princípio elas tenham se recusado, a situação se dissolveu sem confronto.

    O diretor artístico do Theatro Municipal, Cleber Papa, chegou a conversar com os manifestantes e disse que seu desejo era que nenhum confronto acontecesse.

    "A tropa está aqui para proteger o patrimônio", disse ele, quando questionado pelos manifestantes sobre a presença da guarda civil.

    "Todos nós fomos afetados por um modelo que não queremos. Com relação às verbas, tenho certeza de que é do interesse do governo resolver essa questão", afirmou Papa.

    Os coletivos em protesto se nomearam Frente Única pelo Descongelamento. "Queremos o descongelamento total das verbas. Nosso foco não é o secretário [da Cultura,] André Sturm, mas o prefeito [João Doria]", disse Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro. "Está tudo parado, todos os projetos [culturais] estão parados."

    O congelamento integra proposta da prefeitura de contingenciar, em todas as pastas, 25% das verbas para as chamadas atividades de custeio, e 100% das verbas para bancar projetos.

    Com isso, contudo, programas como os de fomento ao teatro, ao circo e à dança foram interrompidos.

    Segundo André Sturm afirmou à Folha no começo de fevereiro, eles acabaram indo parar sob a rubrica de "projetos" na hora em que o Orçamento foi votado na Câmara dos Vereadores. Ele afirmou ainda que a situação estava sendo resolvida e nenhum fomento seria zerado.

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