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    Oscar

    ANÁLISE

    Tapete vermelho é o mais sexy recentemente

    PEDRO DINIZ
    DE ENVIADO ESPECIAL A MILÃO

    27/02/2017 02h00

    Atrizes de Hollywood têm medo de mostrar demais. O receio do close errado sempre foi o culpado por sobreposições de tecidos nas últimas edições do Oscar.

    Na passarela deste ano do Dolby Theater, porém, fendas, transparências e ombros descobertos mostraram pedaços de pele que não viam flashes havia um bom tempo.

    Influenciadas pelo peladismo que virou tônica das premiações da indústria fonográfica e pelos últimos desfiles de alta-costura, as atrizes adotaram as tendências mostradas por marcas como Louis Vuitton, Dior, Givenchy e Armani Privé –esta, a campeã de aparições desta noite.

    A grife de alta-costura do estilista Giorgio Armani vestiu Nicole Kidman, Viola Davis, Emma Roberts e Isabelle Huppert nesta cerimônia, que também consagrou o trabalho de Pierpaolo Piccioli, estilista da Valentino, no "look" da indicada a melhor atriz por "Loving", Ruth Negga.

    Emma Stone, favorita ao prêmio de melhor atriz por "La La Land", usou um vestido cravejado de pedras da grife Givenchy, com franjas nas barras, uma das últimas criações do estilista Riccardo Tisci para a marca francesa.

    O visual retrô do look combina com a ambientação vintage do filme de Damien Chazelle mas também com uma onda de glamour cinematográfico que já se confirma nas passarelas de inverno 2018.

    A atriz Taraji P. Henson, de "Estrelas Além do Tempo", mostrou uma fenda enorme e um decote aberto cuja silhueta é a cara dos tapetes vermelhos da era de ouro de Hollywood, dos anos 1930 aos 50.

    Outra que apostou na retomada foi a premiada Viola Davis, uma das negras mais influentes da indústria cinematográfica, que escolheu um vestido vermelho que evidenciava os ombros, parte do corpo também descoberta no Dior de Kirsten Dunst, no Oscar de La Renta de Brie Larson e no Elie Saab de Meryl Streep.

    Streep não é favorita ao prêmio de melhor atriz, mas foi, em querer, a celebridade mais comentada nas redes sociais dias antes da cerimônia.

    Segundo o estilista Karl Lagerfeld, ela teria se negado a usar um Chanel porque a grife não a pagaria para isso. A prática é comum em Hollywood, mas a atriz negou que tenha negociado sua roupa.

    Vale destacar ainda as escolhas dos homens. O smoking preto e branco com lapela acetinada ainda prevalece e vestiu celebridades como o ator Viggo Mortensen e o cantor John Legend.

    Mas foram os looks azuis de Samuel L. Jackson e Chris Evans, além do smoking branco Burberry usado pelo indiano Dev Patel, as ousadias mais bem-vindas da festa. Os três provaram que até mesmo a ala masculina está pronta para mudar de roupa.

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