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    Doria planeja cafeterias e doação de editoras para bibliotecas da prefeitura

    ISABELLA MENON
    DE SÃO PAULO

    16/03/2017 17h33

    A Prefeitura de São Paulo junto com a Secretaria Municipal de Cultura lançou o programa Biblioteca Viva, nesta quinta-feira (16), com o objetivo de incentivar a população a frequentar regularmente bibliotecas.

    O projeto implementará wi-fi gratuito em todas as instituições, divisão de livros por temas e novas formas de exposição, nomeação de embaixadores para cada biblioteca e uso dos espaços como centros culturais. Também serão adquiridos livros cujas histórias tenham ligação com filmes em cartaz.

    Para as novas aquisições de volumes, o secretário da Cultura, André Sturm, afirmou que estão fazendo acordos com as editoras para viabilizar preços próximos ao custo dos livros, "ao contrário do que acontece hoje, em que os livros são comprados de distribuidores."

    Avener Prado/Folhapress
    Fachada da Biblioteca Mário de Andrade, que fica no centro
    Fachada da Biblioteca Mário de Andrade, que fica no centro

    O prefeito de São Paulo interrompeu Sturm com um pedido: "Queria aproveitar o embalo e recomendar ao secretário que peça de graça. Já compramos tantos livros, agora está na hora deles [editoras] doarem um pouco".

    Muitas bibliotecas contam com apenas dois funcionários. Com orçamento reduzido, a alternativa encontrada foi a contratação de estagiários, entre 18 e 29 anos, por meio do programa Jovem Monitor Cultural. "Temos recursos para contratar 200 desses jovens. Boa parte deles trabalharão nas bibliotecas", explicou Sturm.

    Segundo o secretário, as programações culturais implantadas não visam a descaracterização das bibliotecas. "Não vamos fazer show de rock, não vamos fazer eventos que inviabilizem a função principal da biblioteca, que é a leitura. Vamos fazer programações que combinem com o ambiente".

    Até o dia 30 de abril será implantado em todas as 54 bibliotecas rede de wi-fi gratuito, "para permitir que as pessoas possam estar dentro do mundo digital nas bibliotecas públicas municipais", afirmou o prefeito João Doria.

    Inspirado nas bibliotecas da Colômbia, os livros terão nova forma de exposição: em vez de lateralmente, serão expostos frontalmente "como nas grandes livrarias de São Paulo, em que as pessoas se encantam com o título, imagem e fotografia do livro", afirmou o prefeito.

    Os exemplares também serão divididos por temas, "exatamente como acontece nas grandes livrarias nos últimos anos, como um ponto de atratividade", enfatizou Doria.

    O prefeito afirmou ainda que a prefeitura vai tentar concessão para a instalação de cafés nos locais. "Café é uma coisa que combina muito com essa interatividade e traz esse mesmo ambiente que as grandes livrarias já oferecem."

    O programa prevê também a abertura das bibliotecas aos domingos, por um período de quatro horas. Apenas três instituições não abrirão, "por questões pontuais", disse o secretário da Cultura.

    Também foi anunciado que cada biblioteca terá um embaixador, representado por autores consagrados que incentivem o uso do espaço e se envolvam na curadoria de programações literárias. "Eles vão criar um vínculo com a população, achei essa ideia absolutamente formidável, podemos depois avançar para outras áreas, como na música", disse Doria.

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