Como parte da promoção da exposição "From Selfie to Self-Expression", a galeria Saatchi abriu em janeiro um concurso de melhor selfie. Foram mais de 14 mil trabalhos inscritos, que estão no site da galeria; pouco mais de 2.000 podem ser vistos também no Instagram por meio da hashtag #saatchiselfie.

Os dez melhores foram escolhidos por um júri indicado pela organização da mostra e ganharam como prêmios celulares do patrocinador.

O vencedor seria anunciado na quinta (30), véspera da abertura ao público, após a conclusão desta reportagem. Seu prêmio é uma viagem para fotografar tendo como acompanhante e professor um grande nome da fotografia internacional, patrocinado pela marca de câmeras Leica.

Entre os inscritos há muitos nudes, em verdadeiras acrobacias para produzir algo que possa chamar atenção em um mundo virtual já cheio de corpos pelados. Há muitas fotos notáveis também.

A mostra está dividida em quatro áreas. A primeira dedicada aos clássicos da tradição artística; a segunda reúne instantâneos de celular que se tornaram famosos pela sua qualidade artística ou pela cena bizarra; em seguida há uma área dedicada ao concurso; e, por fim, os trabalhos produzidos sob encomenda para a exposição por dez artistas britânicos.

A exposição consagra a penetração de um gesto contemporâneo que, se puder ser visto por cientistas do futuro (é possível fazer arqueologia de bits?), vai chamar tanta atenção quanto a mão rupestre de Chauvet.