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    Ex-guitarrista do trio inglês, Andy Summers abre baú do Police em SP

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    31/03/2017 02h20

    Mou Summers/Divulgação
    O guitarrista Andy Summers, ex-Police, com sua coleção de guitarras. FOTO EXCLUIVA PARA ILUSTRADA. Crédito: Mou Summers/Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O guitarrista Andy Summers, ex-Police, com sua coleção de guitarras

    Como anda o português de Andy Summers? Ele responde, em inglês, que melhora a cada vez que vem ao país, uma coisa que tem feito bastante. "Mas ainda não é suficiente para pedir uma garota brasileira em casamento", diz o guitarrista à Folha, rindo.

    Aos 74 anos, este inglês que ficou famoso mundialmente nos anos 1970 e 1980 no trio The Police vai se apresentar nesta sexta em São Paulo. Ao lado do baixista e cantor Rodrigo Santos (que tocou anos no Barão Vermelho) e do baterista João Barone (Paralamas), ele vai mostrar músicas do Police.

    Summers nunca fez esse tipo de show em outros países. "Tenho vindo muito ao Brasil nos últimos anos, trabalhando em vários projetos, e conheci pessoas muito legais, como esses dois amigos. Fiz show com Rodrigo em 2015, tocamos Police, e a ideia dessa reunião foi amadurecendo", explica o guitarrista.

    "Eles foram influenciados pelo Police, e eu me sinto bem com esse repertório. Toquei alguma coisa disso até nos shows que fiz com Roberto Menescal", diz, referindo-se ao músico brasileiro de bossa nova que ele admirava nos anos 1960 e hoje se tornou um de seus melhores amigos.

    Summers já se fez muitos trabalhos com Menescal e com músicos que o brasileiro apresentou a ele, como a cantora Fernanda Takai, com quem dividiu um álbum em 2012, "Fundamental".

    A fluência do músico em um universo de canções mais suaves pode causar estranhamento nos fãs roqueiros do Police. "Não é raro alguém pedir para que eu toque algo mais rock nos meus shows, eu compreendo isso, mas tenho ligações fortes com outros tipos de música."

    Quando tinha 17 anos, ele viu na Inglaterra o filme "Orfeu do Carnaval" (1959) e ficou encantado com a música e a cultura brasileira retratadas no longa que o francês Marcel Camus rodou no Rio.

    Depois veio a bossa nova, bem antes do rock. "Com a bossa meu namoro com o Brasil ficou sério. Tenho sorte de conviver hoje com músicos brasileiros incríveis."

    Influenciado por bossa e jazz, ele reconhece que seu trabalho também inspirou músicos. "Para ser honesto, eu não acordo de manhã e saio procurando influência do Police nas bandas por aí, mas com certeza tivemos um papel influenciador."

    Ele acredita que isso aconteça principalmente em bandas novas. "Elas partem de algo parecido com o que fazíamos para evoluir a algo pessoal. Não sei apontar nomes ou quantificar isso, mas, pelo número de bandas que apresentam shows de tributo ao Police pelo mundo, sei que ainda estamos por aí."

    Ele diz que mantém contato com Stewart Copeland e Sting, parceiros no Police, desde o fim da turnê de reunião do trio, em 2008. "Não nos falamos todos os dias, mas somos muito amigos. E ainda recebemos bom dinheiro dos discos do Police."

    *

    CALL THE POLICE

    QUANDO sexta (31), às 22h

    ONDE Tom Brasil, r. Bragança Paulista, 1.281, tel. (11) 4003-1212

    QUANTO de R$ 100 a R$ 200

    CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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