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    Estado demite 19 músicos da Orthesp e seleciona estudantes em seus lugares

    AMANDA NOGUEIRA
    DE SÃO PAULO

    09/05/2017 02h15

    Ronny Santos/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 26-08-2014 - SOPRANA ITALIANA - Soprano italiana, Mariella Devia, durante ensaio no Theatro Sao Pedro com orquestra regida por Giuseppe Sabbatini. ( Foto: Ronny Santos/Folhapress) ***EXCLUSIVO FOLHA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** FOLHAPRESS CONSULTA FOTOGRAFIA FOLHA ***
    Giuseppe Sabbatini rege Orquestra do Theatro São Pedro em ensaio

    A Secretaria de Estado da Cultura anunciou nesta segunda (8) o corte de 19 músicos da Orthesp (Orquestra do Theatro São Pedro), especializada em ópera. Em seus lugares, serão selecionados 22 bolsistas da Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim).

    A medida já havia sido publicada no "Diário Oficial" de sábado (6) com o plano de trabalho anual proposto pela Santa Marcelina Cultura, organização social que assumiu a gestão da Orthesp desde a última terça (2), com um contrato de mais de R$ 7 milhões.

    Segundo a secretaria, a decisão visa priorizar a integridade da programação operística desta temporada e a formação de jovens músicos, sob o argumento de que a manutenção do corpo de profissionais inviabilizaria a continuidade das atividades.

    Haverá ainda a quase total extinção de cargos administrativos que foram duplicados com a troca de OSs e o de funções técnicas, como a de coreógrafo.

    "Manteremos o mesmo número de quatro produções anuais, só que não com funcionários fixos, e sim com contratações por execução de projetos", disse o secretário-adjunto Romildo Campello em entrevista à imprensa nesta segunda (8).

    Desde 2012, o Theatro São Pedro e sua orquestra eram administrados pelo Instituto Pensarte, OS suspeita de ter sido beneficiada em concorrências e cujo contrato com o governo se encerrou em abril deste ano.

    Com a troca de gestão, todos os músicos da Orthesp foram demitidos pelo Pensarte, embora 33 dos 52 profissionais tenham sido readmitidos pela Santa Marcelina. Os outros 19 foram trocados por estudantes da Emesp.
    A secretaria não soube precisar a indenização para os 52 músicos, mas estima que economizará cerca de R$ 3 milhões anuais com os cortes.

    A Jazz Sinfônica, que também era administrada pelo Pensarte, passou a ser gerida pela Fundação Memorial da América Latina, onde passará a ensaiar após a entrega do Teatro Simón Bolívar. Não haverá demissões.

    A mudança ocorre três meses depois do desmonte da Banda Sinfônica –outra gestão do Pensarte.

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