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    Morre colecionador de arte Sérgio Fadel no Rio de Janeiro

    DE SÃO PAULO

    10/05/2017 16h18

    Dono de uma das coleções de artes plásticas mais importantes do Brasil, o advogado Sérgio Fadel morreu em decorrência de complicações cardíacas após uma cirurgia na manhã desta quarta (10).

    Exposta pela última vez no Malba, em Buenos Aires, sua coleção é rica em obras do século 19, de artistas como Victor Meirelles, Pedro Américo, Castagneto, do modernismo, com Sergio Camargo, Franz Weissmann, Amilcar de Castro, e neoconcretos, como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Ivan Serpa.

    Além disso, a coleção conta com importantes obras do século 20 como de Candido Portinari e Di Cavalcanti.

    Antônio Gaudério/Folhapress
    ORG XMIT: 133601_0.tif O colecionador Sérgio Sahione Fadel com sua filha Marta Fadel exibe a coleção e quadros no apartamento da família, no Rio de Janeiro (RJ). (Rio de Janeiro (RJ), 04.04.2000, Antônio Gaudério/Folhapress. DIGITAL)
    O colecionador Sérgio Sahione Fadel com sua filha Marta Fadel exibe a coleção no Rio em 2000

    Segundo Jones Bergamin, dono da Bolsa de Arte, Fadel "foi um dos colecionadores mais ecléticos, mais vorazes e mais compulsivos". "Foi um dos maiores do Brasil. Arte era a vida dele."

    Para o crítico de arte e curador, Leonel Kaz, o Rio de Janeiro detêm três das mais importantes coleções do Brasil, a do Chateaubriand, que está no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, a de João Sattamini, no Museu de Arte Contemporânea de Niteroi (MAC), e a do Fadel, que está em sua casa.

    De acordo com Kaz, na coleção de Fadel a obra que mais lhe chama atenção é um quadro do século 20 de Di Cavalcanti, "uma mulher em rosa, que eu acho uma obra extraordinária".

    Porém, o curador se preocupa com o destino desta coleção "porque esses três colecionadores são garimpeiros da vida presente e conseguiram reunir joias e preciosidades completamente notáveis", e reiterou que Fadel "sempre fez muitos empréstimos da coleção, mas poderia tornar ainda mais públicas essas obras que retratam tanto o espirito e a alma do país."

    Ele deixa a mulher, Hecilda, e filhos.

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