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    Virada Cultural

    Fagner faz show esvaziado com ritmos nordestinos no parque do Carmo

    MARIANA DIEGAS
    DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    20/05/2017 18h41 - Atualizado às 21h02

    Peter Leone/futura Press/Futura Press/Folhapress
    Cantor Fagner durante apresentação no parque do Carmo

    O grupo Bicho do Pé e o cantor Fagner animaram o público que compareceu no início da noite deste sábado (20) no parque do Carmo, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, para a Virada Cultural.

    Com 15 minutos de atraso, a banda Bicho de Pé abriu o show cantando no palco principal para uma plateia vazia. A banda tocou música regional brasileira, com ênfase nos ritmos dançantes do norte e nordeste, como xote, baião, samba, forró, xaxado, maracatu, carimbó e arrasta-pé.

    Aos poucos o público foi chegando para acompanhar a apresentação do cantor Fagner, convidado da banda Bicho de Pé. O cantor cearense fez um show que passeou por ritmos nordestinos.

    A professora Priscila Soares, 32, veio assistir ao show de Fagner e disse que pretende voltar neste domingo (21). "Foi ótimo, muito seguro. Adorei."

    Essa é a primeira edição realizada pela gestão do prefeito João Doria (PSDB), que espalhou as atrações principais do centro para palcos que não terão programação 24 horas. Segundo o secretário municipal de Cultura, André Sturm, o intuito é ampliar o alcance da Virada, que na 13ª edição.

    Essa descentralização agradou a boa parte dos moradores da zona leste que acompanhava os shows. Para o comerciante Bruno Fernandes, 25, o evento se tornou "mais democrático". "Moro na Cidade Líder e achei muito bom ter show aqui, quase ao lado de casa", afirmou Fernandes, que estava com o filho, de oito anos.

    A organização e segurança do parque também foram elogiados. A contadora Daiane Siqueira, 24, moradora da Penha, também ficou impressionada com a infraestrutura do evento. "Também gosto dos shows no centro, mas lá é mais cheio e bagunçado."

    Para a dona de casa Maria Balbino, 38, que já foi a Viradas no centro, disse ter gostado mais desta edição. "Aqui tem muito mais espaço, e ainda é perto de casa. Está maravilhoso. Vejo o carro da guarda [Guarda Civil Metropolitana] e passa sensação de mais segurança do que no centro", disse Balbino, que mora em Itaquera. Nesta edição, ela decidiu levar a filha, de um ano e oito meses, e o filho, de sete anos.

    O músico Alexandre Ribeiro, 33, que se apresentou em duas Viradas com a banda Los Imposibles, também achou esta edição melhor que as anteriores. "Pensei que fosse ser a maior bagunça, mas está sensacional, bem organizado", afirmou.

    Se parte do público gostou dessa descentralização, a mesma opinião não foi chancelada pelos vendedores, que ficaram decepcionados com movimento fraco no parque do Carmo. Eles também culparam o mau tempo e o horário dos shows pelas vendas fracas.

    "Não vendi nada", afirmou Quitéria Pereira, 57. "Não veio ninguém aqui, né? Esses shows foram muito tarde." Para ela, o tempo ruim de manhã atrapalhou. "Mais cedo, essa grama tinha virado lama", contou.

    Maria da Silva, 49, que cuidava da tenda em frente à de Quitéria, trouxe o dobro de alimentos com a expectativa de vender mais. "Acabou que não vendi quase nada", lamentou. "Mas também, quem ia sair de casa com aquela chuva?"

    Segundo a Guarda Civil Metropolitana, que faz a segurança do local, há cerca de 500 pessoas no parque. A organização da Virada havia estimado em 50 mil pessoas. A banda Planta & Raiz e a escola de samba Acadêmicos do Tatuapé também se apresentam no palco principal nesta noite.

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