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    Virada Cultural

    'Opera Horror Show' une piadas com maldade do teatro para educar público

    AMANDA RIBEIRO
    DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    21/05/2017 02h29

    Giovanni Bello/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 20-05-2016: Apresentação "Ópera Horror Show" do Coro Lírico Municipal, da Orquestra Bachianas, na Virada Cultural 2017 (Foto: Giovanni Bello/Folhapress, ILUSTRADA) ***EXCLUSIVO***
    Apresentação 'Ópera Horror Show' do Coro Lírico Municipal, da Orquestra Bachianas

    Enquanto um aglomerado de pessoas tocava o terror do lado de fora do Theatro Municipal de São Paulo pedindo a renúncia do presidente Michel Temer e xingando o prefeito de São Paulo, João Doria, do lado de dentro os músicos do Coro Lírico e da Orquestra Sinfônica brincavam com o terror.

    O espetáculo "Opera Horror Show" estreou à meia noite deste domingo (21), e contou as "maldades do teatro" ao público da Virada Cultural. O intuito do show, descrito como "uma grande piada" por seu diretor artístico, Cleber Papa, foi divertir e iniciar os espectadores no teatro.

    Essa iniciação foi feita por meio da apresentação de vários trechos de óperas clássicas, como Missa de Réquiem e Macbeth, de Verdi. Entre os trechos, cantados por 80 vozes do Coro Lírico Municipal, era feita uma pequena explicação contextual das obras.

    "O público da Virada Cultural é um pouco diferente do público normal do teatro. Algumas pessoas nunca assistiram a uma ópera, por exemplo. Então, nossa intenção era fazer essas pessoas rirem, enquanto ensinávamos algumas coisas básicas de teatro", afirmou Papa.

    Se a intenção era realmente fazer rir, a direção teve sucesso em alguns momentos do espetáculo. A interpretação de​ "Mefistofeles", por exemplo, arrancou risadas do público.

    A maior quantidade de aplausos, no entanto, ficou reservada a dois outros números. "La Gioconda", de Ponchielli, que conta a história de uma mulher que decide cometer suicídio, foi aplaudida de pé por uma parte do público.

    No fim do espetáculo​, a interpretação de "Carmina Burana", que teve direito a blackouts no teatro em consonância com a música, e a um regente, Mario Zaccaro, vestido de mago e brandindo uma foice ensanguentada, foi a mais aclamada pelo público.

    A apresentação contou ainda com a caracterização de todos os funcionários do teatro, que se maquiaram como mortos-vivos. Entre músicos, produtores e organizadores, cerca de 150 pessoas participaram do espetáculo. Foram necessários dois meses de preparação e duas semanas de ensaios.

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