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    Virada Cultural

    Madrugada no centro tem público indiferente às atrações

    DIEGO BARGAS
    DE SÃO PAULO

    21/05/2017 06h33

    Projeções mapeadas no Theatro Municipal e em alguns outros prédios iluminaram o centro da cidade, mas não foram o suficiente para espantar o clima de fim de festa estabelecido a partir das 3 da manhã.

    Neste horário, palcos como o do Municipal e dos musicais, que sofreu com atrasos, já haviam encerrado o expediente; os eventos seguintes não contaram com grande engajamento do público.

    Foi o caso do show da cantora BluBell, que subiu ao palco Boulevard São João, dedicado a tributos, para homenagear Madonna. Durante a apresentação, as amigas Maiara, 23, e Juliana, 24, decidiram abandonar a Virada. "Como não tem ninguém famoso cantando aqui no centro, viemos ver esse show da Madonna. Mas as versões dessa cantora estão dando sono", diz Maiara, que reprovou o toque autoral no repertório. Ela pretende voltar a tarde para acompanhar o cortejo do É o Tchan. "Só valeu a pena porque conheci o Theatro Municipal por dentro."

    Uma hora depois, os arredores da praça da República concentrava o maior número de policiamento, banheiros e opções de alimentação, apesar de diversas barracas já terem ido embora. Lanchonetes e mercadinhos se mantiveram abertos; não havia filas. A reportagem da Folha não conseguiu localizar alguém que tivesse informações sobre número de pessoas presente.

    O palco Cabaré Queer, em frente ao Copan, reinou solitário na avenida Ipiranga depois de um problema técnico no palco Cabaré República, bem em frente. O contratempo atrasou a programação de ambos e a cantora Giovana Velasco iniciou sua performance duas horas depois do esperado. Cantou para cerca de 200 pessoas, a maioria indiferente à alteração nos horários e à performance da moça. Cercando o público, 12 ambulantes vendiam bebida alcoólica.

    Outros palco também pareciam servir apenas como ponto de encontro de um público indiferente às atrações. A alta oferta de álcool lembrava a dispersão de bloquinhos de carnaval, onde a diversão era garantida pela bebedeira.

    Segundo a polícia militar, a fiscalização de vendedores ambulantes era função da prefeitura, enquanto a polícia tem a função de manter a segurança do evento.

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