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    Consumo de streaming cresce 52% no Brasil em 2016, diz pesquisa

    ISABELLA MENON
    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    23/05/2017 15h31 - Atualizado às 23h00

    Divulgação
    Streaming de música Spotify em iPhone da Apple
    Streaming de música Spotify em iPhone da Apple

    A grande movimentação da indústria fonográfica no ano passado passou longe do disco. Londe da coisa física, do CD, DVD ou LP, esses formatos que as pessoas guardam em casa. O protagonismo de mais um ano de melhora na produção musical em escala industrial, com 5,9% de aumento no faturamento global, foi o streaming.

    Segundo relatório da IFPI (sigla em inglês para Federação Internacional da Indústria Fonográfica), divulgado nesta terça (23), o consumo digital de música no mundo chegou aos 50% devido ao aumento vertiginoso do streaming, que cresceu 60,4% em relação a 2015. O download, outra porta da experiência musical on-line, teve queda de 20,5%.

    VENDA DIGITAL E VENDA FÍSICA NO BRASIL - Em %

    A IFPI registrou no ano passado 112 milhões de usuários que assinam serviços de streaming, tanto de serviços pagos, como Apple Music, ou não pagos pelo consumidor e sustentados por publicidade, como Spotify. Além desses, há um oceano incalculável de dezenas de milhões de pessoas acessando música por serviços de streaming de vídeos, como YouTube.

    Streaming é, na verdade, acesso à exibição ou audição de arquivos de mídia. São consumidos em plataformas disponibilizadoras, como Spotify, Deezer ou YouTube. Os arquivos não são armazenados nos computadores das pessoas, não ocupam espaço neles, o que é visto como vantagem em relação ao download.

    MERCADO FONOGRÁFICO EM 2016 -

    O Brasil segue a tendência mundial, com 52,4% de crescimento do streaming comparado a 2015. Segundo números da IFPI distribuídos pela Pró-Música Brasil, associação dos produtores fonográficos nacionais, o mercado brasileiro teve receita de US$ 230 milhões (cerca de R$ 751 mi) em 2016, dentro da movimentação global de US$ 15,7 bilhões (R$ 51,3 bi).

    O consumo digital representa 48,6% desse faturamento da indústria brasileira. Mas o país tem características peculiares, como ainda manter uma arrecadação considerável com direitos autorais da execução pública de músicas, responsável por 36,6% do dinheiro levantado.

    DIVISÃO DO FATURAMENTO NO MERCADO FONOGRÁFICO - Em %

    O Brasil é o sexto país no ranking dos que mais faturam com exibição pública de músicas (em rádios, emissoras de TV e shows), mas é o 11º na venda digital e apenas o 16º na venda física, de CDs e DVDs.

    Numa comparação mais simples, confrontando somente números de unidades físicas e arquivos digitais vendidos no Brasil, estes dão um banho. Na arrecadação alcançada nesses modelos de consumo, a proporção é 22,8% do faturamento para CDs e DVDs contra 77,2% para streaming e downloads.

    DIVISÃO DAS RECEITAS DA MÚSICA DIGITAL - Em %

    Apesar dos 5,9% de crescimento do mercado global, o Brasil teve uma retração de 2,8% em relação a 2015. A crise afeta fortemente as lojas físicas. A venda de CDs no mundo caiu 7,6%, mas no Brasil chega a redução chega a 43,2%.

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