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    Livro resume impacto do renascimento no Ocidente

    JULIANA CALDERARI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    25/06/2017 03h16

    Surgido na Itália no fim do século 14, o renascimento se espalhou por toda a Europa na segunda metade do século 16 e foi bem além ao influenciar a arte europeia pelos quatro séculos seguintes.

    Uma das mais importantes expressões artísticas da história, o renascimento é retratado no terceiro volume da Coleção Folha O Mundo da Arte, que estará nas bancas no próximo domingo (2/7).

    Com a invenção da perspectiva, que surgiu como solução para a construção da cúpula do Duomo, em Florença, os renascentistas tiveram à sua disposição uma nova forma de representação espacial.

    A professora de história da arte e curadora do projeto Maria Carolina Duprat comenta a descoberta: "Pela primeira vez o artista projeta uma ideia a ser realizada. A perspectiva renascentista possibilita uma visão terrestre e não celeste como no tempo medieval. A representação do espaço tridimensional é conquistada".

    A perspectiva e, subsequentemente, o renascimento marcaram o início da era moderna. Todos os campos do conhecimento foram envolvidos pelo movimento, que modificou a sociedade da época: a arte, a cultura e a ciência.

    Inspirado pelo humanismo, o renascimento deu à razão humana maior importância do que à revelação divina. Também retomou valores greco-romanos como o racionalismo, o naturalismo e o individualismo. Essas características podem ser vistas nas obras de artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael, que se tornaram eternamente famosos.

    Além da genialidade com que desenvolveram seu trabalho, eles ajudaram a elevar o nível do ofício da pintura, uma vez que fizeram questão de serem postos no mesmo patamar de outros pensadores de seu tempo.

    "Neste momento surge a figura do artista. Até então eram artesãos os responsáveis pela produção artística, que trabalhavam segundo padrões estéticos determinados pelo poder vigente, seja ele religioso, militar ou econômico", explica Duprat.

    O livro traz ainda um panorama das artes na França, Alemanha e Holanda, onde as peculiaridades do renascimento foram pouco presentes.

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