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    Repertório dançante de Ben Jor vai à rua

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    25/06/2017 04h39

    Leo Aversa/Divulgação
    Henrique Portugal, Samuel Rosa, Jorge Ben Jor, Céu, Lato Zaneti e Haroldo Ferretti, que se apresentam no Nivea Viva
    Henrique Portugal, Samuel Rosa, Jorge Ben Jor, Céu, Lato Zaneti e Haroldo Ferretti, que se apresentam no Nivea Viva

    Neste domingo (25), a partir das 16h30, será a vez dos paulistanos assistirem ao show que passou por Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e Brasília, celebrando a música de Jorge Ben Jor.

    Aos 72 anos, o cantor e compositor é homenageado no projeto Nivea Viva, que a cada ano monta um show itinerante ao ar livre, gratuito, dedicado ao repertório de um artista ou gênero musical.

    O carioca Ben Jor subirá ao palco montado na praça Heróis da FEB, em Santana (zona norte de São Paulo), e cantará ao lado do grupo mineiro Skank e da paulistana Céu.

    O Nivea Viva começou em 2012, com Maria Rita cantando músicas da mãe, Elis Regina. Em 2013, Vanessa da Mata visitou o repertório de Tom Jobim. No ano seguinte, um século de samba foi homenageado por Martinho da Vila, Alcione, Diogo Nogueira e Roberta Sá.

    Em 2015, Ivete Sangalo e Criolo fizeram releituras de Tim Maia. E, no ano passado, Nando Reis, Paula Toller, Palaramas e Marjorie Estiano reverenciaram o rock nacional.

    Show Nivea Viva Jorge Ben Jor

    METRÔ É OPÇÃO

    Como as anteriores, a sexta edição tem o show em São Paulo em seu encerramento. Em 2016, na mesma praça, o público passou de um milhão de pessoas. A dica para chegar ao local é ir de metrô. A praça fica próxima das estações Carandiru e Santana.

    Pela primeira vez, o homenageado está vivo e saltitante, participando do show. Muito saltitante. Ben Jor disse à Folha que lamenta o fim da turnê. "Foi tudo perfeito. E quero mais. Estou sempre pronto pra trabalhar!"

    Céu também gostaria de esticar as apresentações. "A gente pegou a estrada e a coisa esquentou. Muito delicioso ter essa experiência na vida. Cantar ao lado do meu ídolo", diz, empolgada.

    Segundo ela, Ben Jor se transformou em um "querido". "Alguém que cuida de você, muito doce, amável, faz as coisas acontecerem de um jeito bom para todo mundo. Aprendi muito com ele, e com o Skank também, eles são muito gente fina."

    "O Skank teve um trabalhinho a mais, né?", brinca o cantor e guitarrista Samuel Rosa. "O Ben Jor toca o próprio repertório. A Céu não teve tarefa fácil, eu acho, mas ela não veio com sua banda. O Skank foi a banda dela", afirma, lembrando que o grupo teve só um mês para rearranjar umas 20 músicos de Ben Jor –exceto aquelas que ele canta com seu grupo, a Banda do Zé Pretinho.

    No show concebido por Monique Gardenberg, os artistas se revezam no palco, cantando sozinhos, em duplas ou todos juntos (veja o set list ao lado).

    Samuel fala da forte influência de Ben Jor: "Quando começou tocando em botecos de Belo Horizonte, em 1991, o Skank fazia versões de MPB estapafúrdias, em dancehall, e tocava muito Ben Jor".

    Para ele, o Skank e Céu apresentam músicas menos óbvias, que não foram hits. "Coube a nós uma parte mais charmosa do Ben Jor", diz, rindo. Céu conta que numa reunião com Monique, no início do ano, Ben Jor escolheu as que gostaria de cantar.

    As cerca de 640 mil pessoas que já assistiram à turnê aplaudiram canções como "Fio Maravilha", "W/Brasil", "Taj Mahal", "Xica da Silva", "Chove Chuva" e, claro, "Mas Que Nada". "Essa é um hit mundial", diz Samuel. "O Skank tocou essa em um show com o guitarrista Santana em Las Vegas, e a americanada toda cantou junto."

    *

    NIVEA VIVA JORGE BEN JOR
    QUANDO domingo (25), às 16h30
    ONDE pça. Heróis da FEB, em Santana
    QUANTO grátis

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