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    Julian Rachlin se apresenta com a Royal Northern Sinfonia na Sala SP

    CAMILA FRESCA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    27/06/2017 02h12

    Atração na Sala São Paulo nesta terça (27) e quarta (28), a Royal Northern Sinfonia é a única orquestra de câmara em tempo integral do Reino Unido. Num momento em que os conjuntos sinfônicos do mundo sofrem com a busca de patrocínios para a continuidade de suas atividades, é um luxo ter uma instituição dando suporte a suas ações.

    Desde 2004, a Northern Sinfonia tem como sede o Sage Gateshead, centro de difusão e educação musical e uma das maiores salas de concertos do norte da Inglaterra. Lá, eles desenvolvem o programa In Harmony, ensinando música a crianças e jovens de escolas primárias da região.

    A orquestra remonta a 1958, ano em que foi fundada em Newcastle. Já nasceu com o objetivo de trabalhar de forma permanente, e não apenas reunir músicos ocasionalmente para compromissos.

    É certo que isso contribuiu para a qualidade do grupo, e não é de se estranhar que a crítica a considere a melhor orquestra de câmara do país. Aos poucos a Northern Sinfonia construiu uma reputação que hoje transcende a Inglaterra, seja pela qualidade de suas interpretações, a criatividade dos programas ou a comunicação com o público.

    Prestes a completar 60 anos, é uma das mais ativas orquestras do Reino Unido. O título "real" foi outorgado pela rainha Elizabeth 2ª em 2013, em reconhecimento à importância do grupo para a música britânica.

    A primeira vez que a Northern Sinfonia esteve por aqui foi no ano passado, mas os melômanos talvez já conheçam a orquestra pelos excelentes discos gravados com os brasileiros Antonio Meneses e Cláudio Cruz.

    Divulgação/Divulgação
    O violinista lituano Julian Rachlin
    O violinista lituano Julian Rachlin

    Tão interessante quanto ouvir essa orquestra inglesa será conferir o trabalho de Julian Rachlin, que assina a direção musical dos concertos. Nascido em 1974 na Lituânia e radicado na Áustria, Rachlin é um dos grandes violinistas de sua geração, e suas proezas incluem ter sido, aos 15 anos de idade, o mais jovem solista a se apresentar com a Filarmônica de Viena.

    Ele fez com sucesso a transição de criança-prodígio a músico maduro e hoje, além de violinista e violista (seguindo os passos de seu professor Pinchas Zukerman), divide a carreira de solista com a de maestro, sendo o principal regente convidado da Royal Northern Sinfonia e da Filarmônica de Turku (Finlândia).

    Nas apresentações na Sala São Paulo, dentro da temporada da Sociedade de Cultura Artística, poderemos conferir a versatilidade de Rachlin, já que, além de responder pela direção, ele atua como violinista e violista.

    Nesta terça (27), ele exibe um programa fincado no romantismo, com "Concerto para Violino", de Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847), e "Música Fúnebre para Viola e Orquestra", de Paul Hindemith (1895-1963). Completam o repertório "Valsa Triste", de Jean Sibelius (1865-1957), e a "Sinfonia em Lá Maior", de Mendelssohn.

    Na quarta, o concerto tem um programa mozartiano, com o "Concerto para Violino nº 3", de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), e "Lachrymae", de Benjamin Britten (1913-1976). Mais duas obras de Mozart completam o programa: a abertura de "As Bodas de Fígaro" e a "Sinfonia em Sol Menor".

    Royal Northern Sinfonia e Julian Rachlin
    QUANDO ter. (27) e qua. (28), às 21h
    ONDE Sala São Paulo, pça. Júlio Prestes, 16, tel. (11) 3367-9500
    QUANTO R$ 50 a R$ 430; livre

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