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    Abstração pós-impressionista é revista em livro

    JULIANA CALDERARI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    02/07/2017 02h20

    Henri de Toulouse-Lautrec, que ganhou mostra no Masp na última semana, é considerado um dos grandes pintores do pós-impressionismo, tema do quarto exemplar da Coleção Folha O Mundo da Arte, que chega às bancas no próximo domingo (9).

    Pós-impressionismo não se refere a um movimento, mas a um curto período que vai do fim do século 19 à primeira década do século 20.

    Se os impressionistas já haviam ensinado que a verdade estava sujeita à forma como a vemos, os pós-impressionistas afirmaram que era necessário expressar não apenas
    o que viam, mas também o que pensavam e sentiam.

    Paul Cézanne, contemporâneo dos impressionistas que não estava satisfeito com o reflexo de impressões fugazes dos colegas, dizia que "o olho não é suficiente, pensar também é necessário".
    Assim, o francês trilhou um caminho independente, explorando a tensão entre reprodução e abstração.

    Já na obra de Toulouse-Lautrec há muita dor e a solidão. O artista, acidentado aos 14 anos e portador de uma deficiência física congênita, sentia-se rejeitado. E foi entre outros marginais da sociedade que ele encontrou seu lugar.

    Prostituas velhas e decadentes e outros personagens da vida boêmia do bairro de Montmartre, em Paris, tinham seus vícios e suas dores representados em sua obra.

    Enquanto isso, o holandês Vincent van Gogh, que também vivia na França, expressava suas emoções com as cores. Pintou cenas da capital francesa e paisagens da Provença, assim como retratos.
    Neles, o pintor expunha sua saúde física e mental, que era frágil. Depois do episódio em que cortou a própria orelha e a levou a uma das prostitutas de um bordel, Van Gogh foi internado diversas vezes até que cometeu suicídio.

    O surto foi desencadeado por uma briga com seu parceiro de trabalho Paul Gauguin, outro inovador do pós-impressionismo. Gauguin liderou o grupo de vanguarda École de Pont-Aven e desenvolveu o cloisonnisme: pinturas com áreas de cor pura e planas que eram circunscritas por contornos escuros.

    Reprodução
    Obra: "Dressage des Nouvelles, par Valentin de Désossé" [Treino das Novatas no Moulin Rouge], pintura de 1889 do artista Henri de Toulouse-Lautrec. [FSP-Ilustrada-19.12.97]*** NÃO UTILIZAR SEM ANTES CHECAR CRÉDITO E LEGENDA***
    Obra de Henri de Toulouse-Lautrec
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