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    Natura passa a patrocinar festivais além de artistas

    AMANDA NOGUEIRA
    DE SÃO PAULO

    04/07/2017 02h00

    Marcos Hermes/Divulgação
    São Paulo, SP. 1. mai. 2017. A cantora Vanessa da Mata no terraço da Casa Natura Musical, espaço de shows em Pinheiros da qual ela é sócia. - revista sãopaulo - Marcos Hermes/Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    A cantora Vanessa da Mata no terraço da Casa Natura Musical, espaço de shows em Pinheiros

    Um dos maiores programas de fomento à música brasileira, o Natura Musical percebeu que seu principal pilar tinha alcance limitado. Não adianta fomentar artistas e seus álbuns se não eles conseguem chegar ao grande público.

    O edital reformulado, que será lançado nesta terça (4), oferecerá R$ 5,6 milhões. Músicos serão avaliados pela capacidade de articulação com a rede de fãs e novos públicos. O critério tende a privilegiar artistas que conseguiram sair do marco zero por conta própria.

    "É uma provocação para que se entenda que a criação artística depende dessa articulação. Senão você tem músicas lindas que não são ouvidas por ninguém", diz Fernanda Paiva, gerente de marketing institucional da Natura.

    Há uma nova categoria para financiar festivais que sirvam de vitrine para apadrinhados do projeto criado em 2005. A abertura da Casa Natura Musical, em São Paulo, em maio, é a outra parte dessa estratégia de circulação.

    O programa é bancado por leis de incentivo e recursos próprios. Serão repassados R$ 1,4 milhão via Lei Rouanet e R$ 4,2 milhões por meio de mecanismos via ICMS de Rio Grande do Sul, Pará, Bahia, Minas Gerais e Paraná.

    A seleção para lançamento de novos trabalhos será feita por inscrição no edital até o dia 21 de julho (naturamu sical.com.br) e a escolha dos festivais será realizada diretamente por curadores.

    A última das alterações tem cunho estético e político. Se antes priorizava um recorte "raiz antena", com tradição e identidade regional renovada com influências contemporâneas, o programa passa a destacar também o "amplificador de frequência".

    "Na prática, queremos dar voz a artistas que falem de temas sensíveis da sociedade", explica Fernanda Paiva.

    Em 12 anos, o programa já apoiou mais de 1.350 produtos culturais e lança em média 20 discos por ano.

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