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    análise

    Bilheteria internacional salva estúdios de cinema dos EUA

    ANOUSHA SAKOUI
    DA BLOOMBERG

    07/07/2017 02h17

    Ng Han Guan - 5.jul.2017/Associated Press
    Workers prepare for business near a sculpture of a character from the Transformer movie used as a mascot in Beijing, China, Wednesday, July 5, 2017. Despite a quota on western movies in China, many identify with some of the popular characters from major blockbusters. (AP Photo/Ng Han Guan) ORG XMIT: XHG108
    Escultura de personagem de 'Transformers' é usado como mascote em Pequim, na China

    Os fracassos de bilheteria se acumulam na temporada de verão dos cinemas dos Estados Unidos, a exemplo de "A Múmia", "Alien: Covenant"e "Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar". Mas isso não significa que Hollywood parará de produzir fiascos.

    Por pior que filmes de grande orçamento e refilmagens se saiam no maior mercado de cinema do mundo, eles registram vendas sólidas de ingressos em outros países.

    Para plateias nos Estados Unidos, o quinto filme da franquia de robôs "Transformers" causou bocejos. Mas na China se saiu muito bem e o sexto capítulo está em produção.

    DENTRO E FORA DE CASA - Arredação de blockbusters, em US$ milhões

    Por enquanto ao menos, o resto do mundo apoia o caso de amor de Hollywood com franquias, continuações e refilmagens. É o caso de "A Múmia", nova versão da Universal Pictures para uma história contada diversas vezes.

    O público chinês está se tornando mais seletivo, e o mercado de mais rápido crescimento mostra sinais de desaceleração. É um desafio para estúdios como a Disney e a Warner, que planejam filmes com anos de antecedência.

    Jonathan Papish, analista do boletim "Chinese Film Insider", diz ser um "desastre" a estimativa de bilheteria de US$ 250 milhões para "Transformers: O Último Cavaleiro" na China. Em 2014, o filme anterior rendeu US$ 320 milhões.

    Nem todas as continuações ou séries se saíram mal nos EUA. "Mulher Maravilha", o quarto filme da Warner na série DC Extended Universe, arrecadou US$ 346 milhões.

    "Guardiões da Galáxia Volume 2", da Disney, liderou as bilheterias por duas semanas e já faturou US$ 383 milhões.

    Ainda restam blockbusters a chegar às telas. "Homem-Aranha: De Volta ao Lar", da Sony, deve arrecadar US$ 301 milhões nos EUA em sua estreia neste final de semana. "Planeta dos Macacos: A Guerra", que sai em 14/7 pela Fox, pode atingir US$ 165 milhões.

    As bilheterias americanas tiveram queda de 3,6% no segundo trimestre em relação ao período em 2016, arrecadando US$ 2,7 bilhões. Para Barton Crockett, analista da FBR & Co., apesar dos resultados superiores aos esperados de "Mulher Maravilha", o terceiro trimestre deve recuar 15%.

    As bilheterias caíram em junho na China, e a Pricewater-houseCoopers mudou sua previsão de que o mercado chinês superaria o americano em 2017. Ficou agora para 2021.

    As obras, no entanto, podem render por anos com downloads, streaming e TV paga. Para analistas, os estúdios estão concentrando demais a sua atenção em produções de grande orçamento.

    Em 2017, a Disney terá seis sequências e remakes –em 2016, a estratégia rendeu recorde de faturamento da divisão de cinema. Para os próximos anos, haverá diversas produções com heróis da Marvel e pelo menos seis filmes de "Star Wars", além de revisitar "Mary Poppins" e "Mulan".

    "Se querem recuperar o mercado doméstico, precisam ser um pouquinho mais original", disse Jeff Block, analista da Exhibitor Relations Co.

    Tradução de PAULO MIGLIACCI

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